Os motores V6 Turbo de Fórmula 1 poderão ser desenvolvidos ou evoluídos durante a temporada de 2015.
A longa batalha que estava sendo travada pela Ferrari e Renault foi ganha, com a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) admitindo a existência de um buraco nos regulamentos.
A FIA esperava que a homologação dos motores de 2015 fosse entregue antes da primeira corrida da temporada, na Austrália, mas não deixou isso de forma explícita nos regulamentos.
“Foi sempre previsto, embora não explicitamente dito nas regras, que os construtores teriam que lidar com modificações no motor dentro das regras, e depois submeter o motor de 2015 (na primeira corrida)”, explicou porta-voz da FIA.
“É simples, mas o regulamento não o diz”, esclarece a mesma fonte, em declarações à ‘Autosport’.
O diretor de provas da Fórmula 1, Charlie Whiting já teria avisado as equipas que as unidades motrizes poderão ser modificadas durante a temporada de 2015.
Contudo, o responsável explica que “a unidade motriz base homologada continuará aquela que foi homologada para 2014, incluindo quaisquer mudanças conformes às regras”.
Desta forma, Mercedes, Ferrari e Renault podem começar para a temporada com os motores homologados em 2014 e mudar, quando bem entenderem, para o motor que for homologado para 2015.
Ainda assim, não podem gastar mais de 32 fichas e continuará valendo o limite de quatro unidades motrizes para toda a temporada.
O sistema de ‘fichas’ para o desenvolvimento dos motores indica o quanto que cada unidade motriz pode ser alterada. São compostas por 66 itens, sendo que há uma escala de importância que vai de 1 a 3.
Cinco destes 66 itens não podem ser alterados, porém os outros 61 são livres, com as equipes podendo utilizar até 32 fichas.
A única exceção é a Honda, cuja unidade motriz tem que ser analisada pela FIA para homologação até 28 de fevereiro, por ser um novo construtor.