A rivalidade entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg foi uma das principais atrações de uma temporada de Fórmula 1 que parecia condenada à monotonia. O duelo envolveu toques, erros, e até modos de funcionamento do motor proibidos.
Passados seis meses, Hamilton olha para trás e admite que a rivalidade com Rosberg conheceu um nível diferente depois do erro do alemão na classificação para o GP de Mônaco, que saiu de pista, causando bandeiras amarelas.
Na altura, a manobra impediu o inglês de fazer a sua última tentativa de conquistar a pole-position, que acabou nas ‘mãos’ de Rosberg. Hamilton chegou a acusar o alemão de errar propositadamente.
Em declarações à ‘Sky’, Hamilton admitiu que “no Bahrain, o Nico fez uma coisa, em Barcelona fui eu, e depois o Nico levou a rivalidade a outro nível em Mônaco, que definitivamente dificultou-me a vida”, explicou.
“Tentei permanecer calmo, e das experiências há que tentar transformar as coisas negativas em positivas. Perdi sete pontos em Mônaco, mas fiquei determinado em recuperar”, continuou.
Hamilton explicou ainda que os dois utilizaram modos de funcionamento do motor proibidos pela Mercedes – Rosberg no Bahrain e Hamilton na Espanha, para obter mais potência.
Contudo, o inglês considera que o de Rosberg foi mais grave. “Em Barcelona e no Bahrain, discutíamos antes da corrida sobre os modos de motor que podíamos usar ou não. Algumas vezes, no Bahrain, o outro lado da garagem usou modos não permitidos”, comentou.
“Quando chegamos a Barcelona, aconteceu algo semelhante do meu lado da garagem, mas aconteceu num momento em que não estávamos disputando posições”, explicou.
“Mais tarde os engenheiros calcularam tudo e disseram que não teria feito qualquer diferença, mas ainda não tinha sido autorizado. Por isso foi complicado, já que não foi autorizado”, acrescentou.