Por Isabella Quarterone
Muito similar a seu predecessor, o novo carro da McLaren apresenta significativas mudanças, ainda que bem escondidas.
A primeira mudança técnica é a camuflagem no degrau do chamado bico de ornitorrinco, que foi autorizada pela FIA para a temporada de 2013. “A cobertura não é só por uma questão estética; uma superfície lisa é, aerodinamicamente, sempre melhor do que um nível divisor”, afirma Tim Goss, diretor de engenharia da escuderia inglesa. “Pesa praticamente nada”, completa. De acordo com o dirigente, a cobertura garante uma melhora no fluxo do ar no bólido, tornando-se plausível uma vez que relacionada ao ganho mínimo de peso.
Por outro lado, o diretor técnico da equipe Lotus, James Allison, se mostra contrário a essa decisão. De acordo com ele, a lâmina metálica poderia pesar muito e acabar desfavorecendo o desempenho do carro. Motivo que repercutiu no novo carro da equipe que, conforme já divulgado, apresentou-se com o degrau visível, sem coberturas.
Ainda diferentemente da Lotus, a McLaren descartou a possibilidade de correr nessa temporada com um DRS duplo. “Três equipes tentaram desenvolver tal sistema para a corrida do ano passado e nenhuma conseguiu”, diz Goss. Segundo ele, sua equipe também tentou e não obteve sucesso.
Mas o grande diferencial entre a McLaren de 2012 para a deste ano faz referência à outra equipe: Ferrari. O novo MP4-28 possui a suspensão dianteira “pull-rod” ao estilo do F2012 italiano. Conceito que aparece somente em 2012 na Fórmula 1.
Quanto a essa inspiração, Goss disse que é natural olhar para a ideia de outros construtores, dentro da competição. “Mas, para ser honesto, quando a Ferrari apareceu com essa inovação, nos perguntamos: por que diabos eles fizeram isso?!”, admitiu. Segundo o diretor de engenharia, somente após uma longa investigação notaram que era bastante útil e concluiram que os benefícios aerodinâmicos superariam os problemas em potencial.
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