Por Felipe Pires
O grupo de hackers Anonymous cumpriu sua promessa e começou seus ataques a F-1 nessa quinta-feira. A ação da vez foi de divulgar dados pessoais de compradores de ingressos para o GP do Canadá que será realizado mês em Montreal.
Segundo a agência de notícias ‘EFE’, ao menos 131 pessoas tiveram seus dados pessoais expostos, como nomes, e-mails, telefones e o tipo de ingresso comprado para a corrida. Em nota, o grupo havia avisado que “recomendamos que você não compre ingressos on-line ou produtos da F1. Você foi avisado”.
O Anonymous entrou em ação apoiando jovens estudantes canadenses revoltados com aumento de 75% das taxas de matrículas nas universidades. Fora que uma lei aprovada em caráter emergencial contra os protestos também é alvo dos manifestantes. Quase 3 mil manifestantes foram presos desde o começo dos protestos, que já duram cerca de 108 dias. A Anistia Internacional e a ONU (Organização das Nações Unidas) já fizeram fortes críticas a lei. Segundo as duas organizações a lei “infringe os direitos de liberdade de associação e de livre arbítrio das pessoas”.
O governo segue tentando negociar com as lideranças dos manifestantes, mas ainda não alcançou sucesso em terminar com os protestos. Recentemente, um dos representantes foi preso por liderar uma manifestação logo após deixar a casa da ministra da Educação de Quebec, Michelle Courchesne.
Em caso semelhante ao do Bahrain, pessoas já admitem que o GP corre risco de não ser realizado pelos protestos. Uma manifestação próxima ao autódromo está marcada para acontecer no dia da corrida e vários outros protestos devem acontecer na semana em que a F-1 chega ao país. O Anonymous promete atacar o site oficial da categoria e de seus apoiadores nos dias dos protestos.