Adrian Campos: “Vivi o maior pesadelo da minha vida”

Depois de ter sido obrigado a vender a sua equipe, Adrian Campos confessa-se aliviado por já não estar ao comando dos destinos da equipe renomeada para Hispania Racing, admitindo mesmo que viveu meses de “pesadelo” enquanto tentava erguer a sua formação.

Apesar das afirmações realizadas por Colin Kolles pouco depois de tomar conta da equipe (na sequência da tomada de posse da parte de José Ramón Carabante), Campos explica que a sua equipe estava preparada para viajar para o Bahrain e competir.

“Tudo o que posso dizer é que existiram alguns meses em que vivi o pior pesadelo da minha vida. Foi muito, muito duro, mas o que ficou claro foi que tudo estava pronto (para competir), porque, caso contrário, em três dias nada poderia ter sido feito”, afirmou Campos à rádio ‘Onda Cero’, negando as alegações de Kolles de que a Campos estava mergulhada em caos e que não existia nada preparado para competir.

O espanhol confessa mesmo que chegou a abordar Bernie Ecclestone para lhe dar conta de que não conseguia fazer mais do que aquilo que estava fazendo. Ainda assim, não esconde o seu orgulho no trabalho que foi feito, mesmo que tenha sido obrigado a deixar a liderança da equipe.

“Estou orgulhoso por fazer parte de algo que vai estar no grid de largada. Se você olhar para os americanos da USF1, eles tinham uma fábrica espetacular, mas não tinham carro e não vão estar no Bahrain. Muita gente gastou dinheiro (no projeto da USF1) e quem planejou tudo aquilo deve sentir-se bastante responsável. Admito que houve um momento em que estávamos completamente bloqueados e disse ao Bernie que já não tinha forças para continuar porque era um pesadelo com toda a pressão que estava sofrendo”, acrescentou.

“Felizmente, Kolles chegou com a solução e, felizmente, o José Ramon Carabante decidiu investir mais dinheiro e tornar viável um projeto que já estava pronto. Quando Kolles chegou às oficinas, onde tínhamos tudo pronto para a chegada dos carros e dos equipamentos – mas estava tudo na Itália, assim como os caminhões e o equipamento, que estava pronto para ser despachado para o Bahrain, ele fez alguns comentários infelizes”.