Sentar num carro promissor e sentir, logo nos primeiros testes, que ele não é o sonho esperado. Ir para a primeira corrida da temporada e ter a prova final de que o ano será mais de recuperação do que conquistas. Poderia ser pior? Sim; para Felipe Massa, sim!
O carro produzido pela Ferrari para o mundial de 2009 nasceu cheio de problemas. Faltava velocidade, estabilidade, torque… Uma série de obstáculos que de início fez a equipe abandonar o projeto de volta a ser campeã do mundo e fazer um de seus pilotos o melhor do mundial. Felipe Massa e Kimi Raikkonen trabalharam duro e, aos poucos, foram conseguindo extrair algo mais do problemático conjunto.
Para Massa, o desafio de recolocar a Ferrari no rumo certo acabou antes da hora. Era para ser apenas mais um sábado de treinos livres e definição do grid de largada, visando o GP da Hungria. Era para ser…
Nos minutos finais da segunda parte do treino, uma mola escapou da roda traseiro do carro de Rubens Barrichello. O aparato, de 10 cm, atingiu em cheio o canto superior esquerdo do capacete de Felipe Massa, que vinha com sua Ferrari a metros de distância. A forte pancada, que perfurou o capacete e atingiu a cabeça do brasileiro, ainda fez Massa desacordar e bater contra a barreira de pneus.
Atendido na pista, o piloto foi transferido para o hospital, com um corte acima do olho direito. Correu risco de morte, ficou em coma e foi afastado das pistas nas cinco corridas finais do ano. O primeiro a substituí-lo foi o reserva da equipe de Maranello, Luca Badoer. Depois veio Giancarlo Fisichella.
Aos poucos, Massa foi retomando sua vida normal, no Brasil, ao lado da esposa Rafaela e de seus pais e irmãos. Afastado do mundo da F1, Massa voltou para dar a bandeirada no GP do Brasil, viu Kimi Raikkonen deixar a Ferrari e Fernando Alonso assinar.
Hoje, Massa diz estar mais preparado do que nunca; e pronto para encarar um novo e grandioso desafio: derrotar um bicampeão mundial.
