O brasileiro Nelson Ângelo Piquet demonstrou seu descontentamento com a equipe Renault e praticamente a apontou como a culpada por estar sempre envolvido em rumores de que deixará a Fórmula-1 antes do final da temporada. As afirmações foram feitas em Nurburgring, em entrevista coletiva, onde neste final de semana acontece o Grande Prêmio da Alemanha de Fórmula-1.
Para o piloto, a grande dificuldade da temporada é estar sempre com uma versão anterior do modelo pilotado por Fernando Alonso: “Estamos usando uma asa que vem sendo usada desde o Grande Prêmio das Turquia e deu mais diferença do que esperávamos, pois só temos uma unidade (a de Fernando) mas funcionou muito bem”, disse o brasileiro, que afirmou também que a diferença será maior do que esperava.
Sobre a ameaça à sua posição na Fórmula-1, Piquet disse que chega primeiro que as informações chegam primeiro pela imprensa: “Papo sempre tem, primeiro pela imprensa. É óbvio que o Flávio (Briatore) quer que eu melhore mas fica difícil após ter passado um terço do campeonato com um carro dois ou três décimos que do Fernando”.
Nelsinho também diz que é preciso aprender a lidar com esse tipo de pressão: “Na Fórmula-1 não só os pilotos mas também os engenheiros, o pessoal da fábrica, todo mundo passa por esse tipo de coisa, é uma profissão muito pesada, é preciso saber lidar com essas coisas”, reclamou o piloto que ainda disse que sua cláusula de performance foi feita de acordo verbal que não foi cumprido pela equipe: “No começo do campeonato eu andei 2000km e o Alonso 4500km, atrapalha bastante, começou errado. Depois vieram os updates do Alonso e as vezes o pessoal esquece essas coisas”.
Ainda sobre a equipe o alvo do dia foi o diretor de sua equipe Flávio Briatore: “A equipe sabe que muitas vezes a gente tem um carro inferior, mas o Flávio não é o maior engenheiro do mundo e as vezes fica difícil botar na cabeça dele e tentar fazê-lo entender essas coisas”.
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