Foram quase três semanas de recesso no calendário e a Fórmula 1 volta à ativa com o GP da Alemanha no próximo final de semana (10 a 12/7). A prova marca, além da chegada do Mundial à sua metade, o retorno de um dos circuitos lendários da categoria. Nurburgring, que ficou fora da temporada 2008 – por causa de um acordo no qual reveza o GP da Alemanha com Hockenheim -, é uma pista mítica para o automobilismo mundial. “Além de toda a história dessa pista, o final de semana em Nurburgring é um dos mais legais da temporada. Ficamos o tempo todo perto da pista. O hotel é dentro do circuito e da janela do quarto eu consigo ver a reta de largada e os boxes”, conta Nelsinho Piquet, que pela primeira vez vai correr de Fórmula 1 no circuito – depois de ter sido segundo colocado no GP da Alemanha de 2008, em Hockenheim. “Estou realmente ansioso por isso. Na GP2 sempre gostei das provas em Nurburgring e agora quero que chegue logo o final de semana para andar com o R29 lá”, completa o brasileiro, que aproveitou o período sem corridas para, pela primeira vez no ano, voltar ao Brasil e cumprir uma agenda de compromissos com patrocinadores e a mídia, além de recarregar as baterias para a nova fase do campeonato.
O período sem provas na Fórmula 1 serviu também para a equipe ING Renault trabalhar no desenvolvimento do seu carro na fábrica de Enstone, na Inglaterra. Assim, o time deve estrear novos componentes do R29 na etapa. “Nas últimas corridas alguns times conseguiram evoluir bastante, mas nossa equipe segue trabalhando a mil e toda melhora nessa fase é muito bem-vinda”, atesta Nelsinho. “Há cinco ou seis equipes andando sempre muito próximas, então quem consegue melhorar um pouquinho mais que as outras pode dar um salto muito grande”, acredita o piloto brasileiro.
A pista de Nurburgring é uma das que mais exigem pressão aerodinâmica na temporada da Fórmula 1. Não só pelas curvas de alta e média velocidade, mas também para manter a estabilidade do carro nos trechos de freada – como o que antecede a primeira curva e aquele antes da chicane nas curvas 13 e 14, já no final da volta. Segundo a equipe ING Renault, o chassi do carro precisa de um balanço neutro para ter uma resposta rápida às mudanças de direção tanto na parte mais lenta da pista, quanto nas curvas velozes. “Nos aproximamos da curva 7 a cerca de 300 km/h antes de frear e reduzir as marchas para contornar o hairpin. A tangência e contorno desse trecho é muito importante para poder acelerar o quanto antes e carregar velocidade no trecho de subida e na chicane rápida das curvas 8 e 9”, exemplifica Nelsinho Piquet.