A BMW Sauber juntou-se às várias equipes que descartaram a utilização do sistema de recuperação de energia cinética (KERS), apostando o desenvolvimento do seu carro em áreas mais convencionais, como a aerodinâmica.
Apesar de ser uma das maiores defensoras do sistema no inicio da temporada, e até mais recentemente, quando as equipes da FOTA anunciaram que pretendiam o fim daquele sistema para o próximo ano, a BMW Sauber revelou hoje que não irá utilizar mais o KERS nesta temporada.
“Avaliamos diferentes saídas, continuar (o desenvolvimento) com o KERS ou pelo lado da aerodinâmica e aquilo que poderíamos fazer sem o KERS a bordo. Conseguimos alguns progressos significativos no capitulo aerodinâmico que não nos permitem introduzir o KERS e decidimos recentemente que não iríamos mais correr com o sistema este ano porque achamos que o lado aerodinâmico é mais promissor para desenvolver”, é citado Mario Theissen, diretor-esportivo da equipe de Hinwill, pelo ‘Autosport.com’, recusando, no entanto, considerar que a tecnologia tenha sido um ‘tiro pela culatra’.
“Não diria que a tecnologia seja um fracasso, antes pelo contrário. Dado o curto tempo de desenvolvimento foi um grande sucesso tê-lo a correr de forma confiável. O nosso sistema era bom, não tivemos falhas, nem mesmo na Malásia, sob chuva torrencial. Depende do leque de regulamentos que se tem. Se não for obrigatório ter o KERS a bordo, então é facilmente ultrapassado pelo lado aerodinâmico. Diria que se não for tornado obrigatório vai desaparecer e isso é natural. Mas é uma pena porque teria sido uma oportunidade única para ter a F1 como precursora de uma tecnologia inovadora”, continuou, garantindo mesmo que a tecnologia já teve passagem prática para os carros de rua.
“Devo dizer que na BMW já conseguimos transferi-la (a tecnologia) para os carros de rua”, afirmou.