Ross Brawn, no papel de responsável pelo grupo técnico da associação das equipes (FOTA), entregou a Charlie Whitting uma proposta de adenda ao regulamento técnico do próximo ano, no qual são amplamente limitados os materiais que se poderão utilizar a partir de 2010.
Segundo um dos técnicos envolvidos na elaboração daquele documento, “pode facilmente poupar-se entre 15 e 20 milhões de euros por ano só com as limitações que estamos propondo. E estas entrarão numa adenda do Regulamento Técnico de 2010 sem que a FIA tenha que fazer qualquer alteração.”
Com esta medida, e outras que foram discutidas diretamente com Mosley, a FOTA quer demonstrar que é possível reduzir drasticamente os custos sem impor um teto orçamentário, contra o qual continuam lutando de forma determinada. Um dos pontos em que se fizeram progressos evidentes foi na introdução progressiva dos limites orçamentais, pois Mosley aceitou finalmente esta imposição das equipes. De pé está ainda a possibilidade da entrada em vigor do teto orçamentário acontecer só em 2011, para se ter tempo de estudar o efeito que as medidas pretendidas pelas equipes terá já no próximo ano.
Nos próximos dias as negociações entre as duas partes vão continuar, mas é difícil que se chegue a um acordo global antes do fechamento das inscrições dentro de três dias, mesmo se é intenção de ambas as partes chegar a 12 de junho, data em que a FIA vai publicar a lista das 13 equipes aceitas no Mundial de 2010, com tudo definido. Esperam-se, assim, duas semanas bem quentes de negociações, mas depois do que se passou em Mônaco ficou claro que ambas as partes estão condenadas a se entenderem.