Por Giovanni Romão
Ayrton Senna nunca havia pisado em Mônaco, quando chegou para disputar o GP de 1984, correndo pela Toleman. Para conhecer um pouco do traçado o brasileiro deu algumas voltas com uma bicicleta motorizada e nos treinos livres de quinta-feira, completou oito giros bem lentos, como se estivesse fazendo uma sintonia fina do traçado estreito de Monte Carlo.
Por contrato a equipe Toleman só recebia da Michelin, fornecedora de pneus, compostos restantes do ano anterior (1983). Porém, a forte chuva que caiu sobre Mônaco, aliado ao final da safra de pneus “velhos”, fez com que os pilotos da nanica Toleman recebessem borrachas do ano.
Durante o Grande Premio a chuva intermitente foi companheira fiel de Senna, que começava a mostrar seus primeiros dotes correndo no molhado. Com uma pilotagem arrojada e determinada, o brasileiro realizou várias ultrapassagens até assumir a segunda colocação e começar a se aproximar do líder Alan Prost. Em uma decisão controversa, o diretor de prova, Jacky Ickx, encerrou a corrida, impossibilitando as chances de Senna tentar atacar o francês.