Por Giovanni Romão
Ele parecia um mineiro, chegou de mansinho, não cobrou nada e deixou que o tempo lhe trouxesse os resultados. Em sua primeira temporada por uma equipe de ponto, Felipe Massa mostrou ter amadurecido depois de três temporadas completas pela Sauber, e um ano como reserva da Ferrari, em 2003.
Na primeira corrida do ano, no Bahrein, o brasileiro classificou seu bólido vermelho na segunda colocação, mas rodou na prova. Talvez o susto necessário para alertá-lo sobre sua nova condição: agora um piloto de ponta.
A primeira vitória era apenas uma questão de tempo, e ela aconteceria na Turquia, em uma corrida onde Massa soube se impor, sendo soberano, e deixando para trás os “protagonistas” do campeonato, Fernando Alonso e Michael Schumacher, respectivamente.
Porém, o grande momento ainda estava por vir. Há 13 anos o Brasil não comemorava uma vitória verde-amarela em Interlagos, e Felipe Massa, em sua primeira chance “real”, quebrou o jejum. Largando na pole, o brasileiro dominou a prova, e cruzou a linha de chegada na ponta, repetindo o gesto de Ayrton Senna, e de um fiscal recebeu a bandeira que tremulou durante uma volta pelo traçado consagrado.
“Estar no lugar certo e na hora certa”. Assim poderia ser resumida a fase de Felipe Massa.
