O ex-comissário da Fórmula 1 e executivo do automobilismo Tim Mayer anunciou oficialmente sua candidatura à presidência da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) nesta sexta-feira (4), se tornando o primeiro concorrente oficial da atual gestão, comandada por Mohammed Ben Sulayem.
Mayer realizou uma coletiva de imprensa em um local próximo ao circuito de Silverstone, que sedia o GP da Inglaterra neste fim de semana. Ele fez duras críticas a Ben Sulayem, classificando a gestão como um “reinado de terror” e prometeu oferecer uma liderança mais estruturada aos funcionários da federação.

Mayer, que já ocupou cargos de liderança na Champ Car (atual IndyCar), IMSA e no Conselho Mundial de Automobilismo da FIA, afirmou que a instituição precisa de uma direção que forneça “ferramentas, visão e recursos” aos seus colaboradores. “Há pessoas muito dedicadas na FIA, mas em algumas áreas, regredimos”, declarou. “A única coisa que melhorou foi a habilidade de escrever comunicados comemorando pequenas vitórias. É irônico, mas é verdade.”
A entrada de Mayer acontece logo após a desistência de Carlos Sainz, que nem chegou a se candidatar oficialmente. A lenda do Dakar fez uma carta aberta afirmando que os problemas da FIA precisavam de uma atenção que ele não poderia administrar, já que está comprometido com a competição no rally. Com isso, o caminho parecia livre para a reeleição de Sulayem até Mayer surgir.
O candidato, filho do ex-chefe da McLaren Teddy Mayer, revelou que sua campanha, planejada nos últimos seis meses, pode custar mais de US$ 5 milhões. Apesar das críticas, ele não defende mudanças radicais. “Reestruturação é necessária, mas o problema não são as pessoas e sim a liderança”, afirmou. “Os funcionários merecem trabalhar sem sentir que estão sob um regime de terror.” A eleição da FIA está prevista para acontecer em dezembro.