O sucesso na Fórmula 1 não traz a mesma sensação de satisfação, sem uma competição acirrada, de acordo com o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff.

A Mercedes não foi superada na disputa por um título mundial desde 2014, e está à beira de garantir os dois títulos pela sétima temporada consecutiva.

O domínio da Mercedes é tal, que só foi seriamente desafiada duas vezes, pela Ferrari em 2017 e 2018, mas ainda assim, conquistou os títulos confortavelmente em ambas as temporadas.

A equipe venceu 15 corridas em 21 largadas na temporada passada e este ano somou nove vitórias em 11, ainda sem ter sido batida na qualificação.

Quando questionado no podcast oficial da F1, Beyond The Grid, se a Mercedes se arrepende de seu sucesso devido à falta de oposição, Wolff disse: “Acho que você precisa se manter humilde, é claro, tentamos aproveitar o sucesso que tivemos.”

“O sucesso que esperamos ter no futuro e tentar construir uma organização que seja resistente às mudanças regulatórias e que permaneça no topo do jogo.”

“Mas o que percebi é que amamos a competição, e quando vemos um carro da Red Bull chegando e ficando perto de nós, sem ter certeza se vamos vencer a corrida, gosto disso, mas é claro que um resultado positivo é muito melhor. Mas então, por outro lado, cuidado com o que deseja.”

Wolff dá as boas-vindas ao desafio apresentado pela Red Bull ao mesmo tempo em que dá uma olhada na gestão da F1 sobre as mudanças contínuas de regras.

“Acho que é a lei dos rendimentos decrescentes”, acrescentou.

“Quanto mais tempo os regulamentos ficarem estáveis, mais as equipes vão se recuperar, porque a curva de desenvolvimento do líder vai se achatar e outras ainda terão uma curva de desenvolvimento íngreme.”

“Mas isso parece não ser compreendido pelos tomadores de decisão, que acham que mudar as regras a cada dois ou três anos e a loteria que está ligada a isso, mudará a hierarquia.”

“Está claro que, com regulamentos estáveis no próximo ano, a Red Bull vai se aproximar e estamos muito ansiosos por isso. Esta é a nossa opinião de cada alma da nossa empresa ‘Bring it on’, é nisso que prosperamos. Precisamos do desafio”, acrescentou.

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