Oficialmente anunciado a 10 de junho, a temporada de Fórmula 1 de 2026 estará marcada por uma expansão significativa do seu calendário. Este voltará a percorrer os 24 Grandes Prémios, distribuídos ao longo de cinco continentes. O arranque está previsto para ocorrer entre os dias 6 e 8 de março na Austrália (Melbourne), com a chegada ao fim‑de‑semana de 4 a 6 de dezembro em Abu Dhabi, encerrando a época.
A principal mudança, já amplamente antecipada, é a saída de Ímola e a estreia do novo circuito urbano de Madrid, que em setembro acolherá o Grande Prémio de Espanha. Com isso, a temporada de 2026 contará com duas provas em solo espanhol – e que poderá acompanhar de perto em https://betbrothers.pt/placard/. O circuito da Catalunha permanece no calendário, mas com uma nova designação – passando a chamar-se Grande Prémio de Barcelona ou Grande Prémio da Catalunha. Fique a saber mais sobre o que mudou, o que fica e o que é de ter em atenção, tudo aqui, neste artigo.
Visão geral pelo calendário
A temporada de 2026 será inaugurada, mais uma vez, pelo Grande Prémio da Austrália, em Melbourne, entre os dias 6 e 8 de março, seguido pelo GP da China no fim de semana seguinte. Os Grandes Prémios do Bahrein e da Arábia Saudita foram novamente agendados para abril, nos dias 12 e 19, respetivamente, em função do período do Ramadão. Com essa alteração, o GP do Japão passa a ocupar a terceira posição no calendário, disputando-se isoladamente a 29 de março – uma mudança em relação a 2025, quando as equipas enfrentaram uma logística apertada para se deslocarem rapidamente da Ásia para a Península Arábica.
Após essa fase, a Fórmula 1 ruma aos Estados Unidos, com o Grande Prémio de Miami marcado para 3 de maio. Três semanas mais tarde, será a vez do Canadá receber a prova, invertendo a ordem do calendário de 2025, quando Montreal ocorreu a meio de junho, três corridas europeias após Miami. Esta reconfiguração pretende melhorar a eficiência logística entre os eventos norte-americanos.
O novo circuito de rua de Madrid
O Grande Prémio de Espanha transfere-se de Barcelona para Madrid, que fará a sua estreia no calendário entre os dias 11 e 13 de setembro de 2026, no novo circuito urbano IFEMA-Madring. Com 5,4 km de extensão e 22 curvas, o traçado percorre a zona entre o centro de exposições IFEMA e o bairro de Valdebebas, apresentando um desenho híbrido que combina trechos urbanos com secções permanentes.
Na apresentação, Carlos Sainz (Williams) impulsionou entusiasmo ao percorrer parte do traçado, apelidando-o de “semiurbano, misturando curvas tradicionais e estilo de rua, à semelhança de Baku ou Singapura”.
Já o Grande Prémio da Emília-Romanha, em Imola, foi retirado do calendário de 2026, após o circuito não ter renovado o contrato com a FOM e a FIA. Em comunicado oficial, os responsáveis por Imola manifestaram esperança num eventual regresso à Fórmula 1 no futuro, embora tenham reconhecido que não foi possível chegar a um acordo para a próxima temporada.
Razões de mudanças necessárias
A inclusão do Ramadão, que em 2026 ocorrerá entre fevereiro e março, levou ao reagendamento dos Grandes Prémios do Bahrein e da Arábia Saudita para o mês de abril, numa decisão que respeita as necessidades logísticas e culturais das equipas e adeptos. Por outro lado, a consolidação do bloco europeu entre junho e o final de julho tem como objetivo reforçar a sustentabilidade do calendário, promovendo deslocações terrestres mais eficientes entre circuitos próximos como Mónaco, Barcelona, Spielberg, Silverstone e Spa, e reduzindo a pegada ambiental associada às viagens aéreas.
A inclusão de Madrid reflete a estratégia da Fórmula 1 de fortalecer a sua presença em Espanha, considerado um mercado estratégico tanto para patrocinadores internacionais como para fabricantes automóveis. A capital espanhola surge assim como palco ideal para um novo circuito urbano, alinhado com a tendência global de levar o desporto a centros urbanos de grande visibilidade.
Já a escolha por realizar três eventos tanto nos Estados Unidos como no Médio Oriente está orientada para maximizar a visibilidade mediática e o retorno comercial. Esta concentração regional permite a oferta de pacotes de hospitalidade integrados e ativações de marca em série, especialmente em mercados com elevado potencial económico e interesse crescente pela modalidade.
Aposta na sustentabilidade
Um dos pontos acesos desta nova temporada de F1 tem como palavra-chave: sustentabilidade. A temporada de 2026 trará uma série de inovações técnicas, destacando-se a introdução de carros equipados com combustíveis 100% sustentáveis – um passo decisivo rumo à neutralidade carbónica. Paralelamente, o campeonato ganha um novo fôlego competitivo com a entrada de grandes fabricantes como Audi, Cadillac e Ford, que prometem intensificar a disputa nas pistas.
Stefano Domenicali, presidente e CEO da Fórmula 1, disse: “2026 será uma nova era para a Fórmula 1, onde testemunharemos um novo conjunto de regulamentos para o nosso esporte, os carros e os motores que serão movidos por combustível 100% sustentável”. Na mesma nota, Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, reforçou o compromisso com a sustentabilidade: “O calendário reflete o caráter global da Fórmula 1, com corridas em cinco continentes e um fluxo geográfico mais eficiente. A chegada de Madrid e das novas equipes sinaliza um futuro promissor para o esporte.”
