Saída de Messi do Barcelona pode ter significado para a F1?

O mundo do futebol foi agitado esta semana pela saída de Lionel Messi do Barcelona. Com os limites de salários propostos, a situação poderia ser uma prévia do que pode acontecer na Fórmula 1.

Lionel Messi e o Barcelona, aparentava ser uma parceria que duraria ‘para sempre’, mas chegou ao fim na última semana. Com o clube de futebol incapaz de cumprir os regulamentos financeiros se oferecesse um novo contrato ao jogador.

A razão pela qual o clube não pôde mais pagar seu jogador estrela são os novos limites salariais que agora se aplicam na La Liga. Também se fala em um teto para os salários dos pilotos na Fórmula 1, depois que um teto foi introduzido nos gastos das equipes neste ano. O limite seria de 30 milhões de euros por ano para os dois pilotos, o que alguns já excedem atualmente. Então, o teto salarial na F1 poderia ter o mesmo efeito que teve sobre o Barcelona e Messi?

Valentin Khorounzhiy do The Race não acha que chegará a esse ponto. Entre a F1 e a situação de Messi, existem algumas diferenças importantes. “O limite da Fórmula 1 será fixado no papel, enquanto o limite da La Liga está ligado à receita do clube. O coronavírus teve muita influência nisso, além dos gastos excessivos do FC Barcelona nos últimos anos.”

O tamanho das equipes também significa que o teto salarial vai causar muito menos dores de cabeça na Fórmula 1. As equipes só terão que levar em conta dois pilotos, ao invés de uma equipe grande de jogadores. As novas regras podem impedir superequipes, no entanto. “O conceito de superequipe, como aconteceu com Ayrton Senna e Alain Prost, já não estava muito em voga com as equipes modernas de ponta, mas agora se tornaria completamente impossível.”

Além disso, o limite pode ser prejudicial principalmente para os pilotos ‘número dois’. Se uma equipe de ponta deseja manter um piloto como Max Verstappen ou Lewis Hamilton, sobra muito pouco em termos de salário para o outro piloto. A situação de Messi é, no entanto, um bom motivo para a FIA, a Liberty Media e as equipes pensarem duas vezes sobre o teto salarial.