A temporada de 2021 vai começar duas semanas depois do planejado originalmente, devido ao adiamento do Grande Prêmio da Austrália. Isso significa que todas as programações nas fábricas das equipes podem ser descartadas. Essas duas semanas a mais oferecem oportunidades extras.

Um início atrasado em duas semanas pode ser visto por muitos como um momento de descanso ou algum tempo extra para produzir peças, por exemplo. Mas não é assim que funciona na Fórmula 1. A maioria das equipes escolhe usar esse tempo extra para desenvolver ainda mais o carro, e portanto, torná-lo ainda mais rápido.

A produção de peças torna-se então, como sempre, uma luta contra o prazo. Piers Thynne, o homem que supervisiona a produção de peças na fábrica da McLaren, explicou à Auto Motor und Sport: “Mas é assim na Fórmula 1: se você não tem problemas, então não foi agressivo o suficiente durante o desenvolvimento. Se você não ultrapassar seus limites, perderá velocidade.”

Como a McLaren é a única equipe a correr com um motor diferente nesta temporada após a mudança da Renault para a Mercedes, eles também são os únicos a ter trabalho extra a fazer com isso. “Tivemos que mudar fundamentalmente toda a extremidade traseira do chassi e a caixa de câmbio”, disse Thynne. E não parou por aí.

“Isso também afetou o posicionamento de muitos outros componentes. O sistema de refrigeração completo e as várias tubulações de fluidos e ar tiveram que ser trocadas, assim como todo o cabeamento”, disse o homem da McLaren, que calculou que o carro para 2021 tem tantas peças novas quanto em 2020. Apesar disso, a FIA tentou manter os custos de produção baixos para 2021, restringindo o desenvolvimento do carro tanto quanto possível.

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