Jackie Stewart sobre a segurança na F-1: “A geração moderna não conhece a morte”

O mundo do automobilismo ficou em choque depois da morte de Anthoine Hubert durante o fim de semana do Grande Prêmio da Bélgica, depois que a jovem promessa francesa foi fortemente atingida na corrida de sábado da Fórmula 2, não resistindo aos ferimentos. Juan Manuel Correa teve lesões graves nas pernas, além de ferimentos na coluna e segue na UTI.

Felizmente, inovações e melhorias de segurança foram feitas nos últimos 50 anos, para que raramente acidente como esse sejam presenciados. A lenda da F-1 Jackie Stewart se lembra de quando as tristes notícias eram muito comuns dentro do esporte.

Stewart viu 57 mortes de pilotos durante sua carreira, a última sendo seu companheiro de equipe na Tyrrell, François Devert. Com 80 anos de idade, o inglês relembra de quando pilotava há 50 anos atrás, quando as mortes dos pilotos eram comuns.

“A geração moderna de pilotos não conhece a morte. É ainda mais chocante quando algo acontece. O choque e a tristeza sentidos com tanta força em Spa-Francorchamps são algo novo para esses garotos”, disse o tricampeão mundial de Fórmula 1 ao ‘Press Association’.

“Tivemos numerosos acidentes nos últimos 24 ou 36 meses, acidentes que não foram tão severamente punidos como agora. Vimos asas quebradas, carros no ar”.

Stewart acredita que os pilotos devem usar o acidente no fim de semana como um alerta e se lembrarem que, mesmo em 2019, acidentes fatais ainda podem acontecer.

“Talvez o piloto voltar a ter consciência de que não pode fazer tudo o que quiser. Ninguém deve pensar que é à prova de balas. Não há garantia de que esses acidentes não vão ocorrer novamente como em 31 de agosto. Isso deve ser tratado como um sinal de alerta”, acrescentou.

“Quando pensamos na minha época, a morte era comum. Que não aceitava tinha que parar. Felizmente, a segurança nas corridas fez um tremendo progresso.

“O trabalho incansável por ainda mais segurança significou que vimos acidentes muito graves, mas os pilotos permaneceram intactos. Estou muito feliz com isso. Mas temos que estar cientes do perigo.”

 

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