A adaptação de Lewis Hamilton na Ferrari tem sido mais difícil do que o esperado na temporada 2025 da Fórmula 1, e a equipe de Maranello reconheceu que talvez tenha subestimado o desafio que a transição do britânico representaria. Fred Vasseur, chefe da equipe, fez uma declaração clara sobre o assunto, afirmando que, no início da temporada, não se dimensionou corretamente o impacto da mudança de ambiente para o heptacampeão.
Hamilton, que se juntou à Ferrari depois de doze anos na Mercedes, tem enfrentado dificuldades em se ajustar ao SF-25. Sua adaptação ao novo carro e ao trabalho com o engenheiro de corrida Ricardo Adami tem sido desafiadora, especialmente diante do desempenho mais consistente de Charles Leclerc, que conquistou uma pole position e cinco pódios em 2025, enquanto Hamilton ainda não conseguiu chegar ao pódio em GPs com a Scuderia.
Durante o GP da Hungria, Hamilton expressou sua frustração, chegando a se declarar ‘inútil’ após uma classificação decepcionante em 12º lugar. Ele chegou a sugerir que a Ferrari deveria contratar um novo piloto para o seu lugar.

Vasseur destacou que Hamilton passou quase vinte anos correndo com pacotes Mercedes (McLaren que utilizava motores Mercedes e depois na própria Mercedes), o que fez da mudança para a Ferrari um desafio considerável: “Foi uma grande mudança para Lewis, em termos de cultura, pessoas ao seu redor, software, carro… tudo foi uma grande mudança, talvez subestimada por nós, por mim e pelo próprio Lewis”, afirmou Vasseur.
Contudo, o chefe de equipe também destacou que Hamilton tem se recuperado nas últimas corridas, demonstrando um ritmo mais competitivo nos últimos quatro ou cinco GPs. Apesar das dificuldades iniciais, a Ferrari expressa otimismo em relação ao futuro de Hamilton na equipe, reconhecendo que o processo de adaptação exigirá mais tempo e ajustes.
