O chefe da Ferrari, Frédéric Vasseur, tratou de minimizar os vários rumores sobre uma crise interna na equipe, após declarações de Charles Leclerc e relatos da imprensa italiana sobre suposta insatisfação de engenheiros e tensões entre departamentos. Às vésperas do GP dos Estados Unidos de Fórmula 1, em Austin, o francês garantiu que a Scuderia permanece unida e focada em recuperar desempenho.
Nos últimos cinco GPs, a Ferrari não subiu ao pódio. A pressão aumentou depois da corrida em Singapura, quando George Russell (Mercedes) venceu e Leclerc fez duras críticas à performance da equipe: “A Mercedes agora está no mesmo nível de McLaren e Red Bull Racing, e depois tem a gente. Não é fácil, porque você quer lutar por melhores posições, mas no momento, parece que somos passageiros do carro e não conseguimos extrair muito mais”, disse o monegasco, que terminou apenas em sexto, enquanto Lewis Hamilton foi oitavo, prejudicado por problemas de freios e uma penalidade de cinco segundos.
As declarações de Leclerc ganharam repercussão imediata na imprensa italiana. O Corriere dello Sport, apontou que parte dos engenheiros teria se irritado com a postura do piloto monegasco, enquanto o Gazzetta dello Sport destacou um suposto desgaste nas relações internas da Ferrari.

Vasseur, no entanto, afastou a ideia de crise: “Depois de duas corridas em circuitos de rua, voltamos a um traçado permanente em Austin, que oferece uma combinação muito interessante de curvas. É um traçado que exige precisão de todos, da equipe, no acerto, e dos pilotos, em encontrar confiança no carro. O final de semana será ainda mais desafiador com o formato Sprint, que nos dá apenas um treino livre antes das sessões competitivas”, disse ele.
O dirigente reconheceu que a equipe não tem conseguido extrair todo o potencial do pacote, mas reforçou a união interna: “Sabemos que não maximizamos nosso carro nas últimas provas, mas o time está unido e totalmente determinado a reagir”, completou.
A Ferrari chega a Austin na terceira posição no campeonato de construtores, 27 pontos atrás da Mercedes, enquanto a McLaren já garantiu o título da temporada com seis corridas de antecedência.
