Apesar de mais uma atuação impressionante no último sábado, na sessão de classificação para o GP da Inglaterra em Silverstone, Max Verstappen dificilmente irá conseguir disputar diretamente o título na Fórmula 1 este ano. Essa é a visão do ex-piloto e atual consultor da Audi (que assumirá integralmente a Sauber em 2026) na F1, Allan McNish, que acredita que o domínio do holandês está com os dias contados.
McNish se rendeu à volta de Verstappen na sessão de classificação para o GP da Inglaterra, descrevendo o desempenho como ‘sobre-humano’ ao garantir a pole com uma diferença de apenas um décimo sobre Oscar Piastri da McLaren: “Foi absolutamente sensacional. Uma daquelas voltas que merecem ser reconhecidas como uma das maiores já vistas”, disse ele.
No entanto, o domingo não teve o mesmo brilho. Com um acerto de baixa carga aerodinâmica que se mostrou inadequado para as condições molhadas da corrida, Verstappen chegou a cair para décimo após rodar sozinho e sair da pista, mas ainda salvou um quinto lugar. O prejuízo, contudo, foi grande, pois agora ele está 69 pontos atrás de Piastri, líder do campeonato, na metade da temporada.
“Minha impressão pessoal é que o reinado dele como campeão vai mudar de mãos no fim do ano”, afirmou McNish. “A diferença de desempenho e consistência é muito grande.”

O escocês afirmou que a ‘volta mágica’ de Verstappen no sábado, pode acabar ofuscada por outros acontecimentos do final de semana: “As pessoas vão lembrar de outras coisas, mas aquela volta foi especial. Você via aquilo crescendo e pensava: ‘Meu Deus, essa é grande’. É isso que Max faz. Ele transforma algo improvável em possível, e isso é duro para os companheiros de equipe, porque ele tem a experiência e o talento para isso”, acrescentou.
Sobre a escolha da Red Bull Racing por um acerto mais agressivo, McNish entende o risco: “Eles já apostaram antes, como em Spa, com pouca pressão aerodinâmica. E deu certo. Com um piloto como Max, que tem uma sensibilidade absurda nos estágios iniciais do movimento do carro, essas estratégias podem funcionar”, completou McNish.
