A FIA bateu o martelo sobre as decisões envolvendo a Rússia e seus pilotos em suas competições. Nesta terça-feira (1), a entidade liberou competidores russos e bielorussos de correrem, mas sob bandeira neutra, portanto, Nikita Mazepin pode continuar na F1.
As atitudes tiveram de ser tomadas após o crescimento do conflito envolvendo o país e a Ucrânia que começou na última semana. Ainda, a Federação de Automobilismo da Ucrânia havia pedido diversas medidas para a FIA, uma delas de que os competidores não disputassem campeonatos.
Entretanto, apesar de os pilotos, como Mazepin e Robert Schwartzman, reserva e de testes da Ferrari, poderem continuar envolvidos com as competições internacionais, as equipes russas foram proibidas de campeonatos.
“Como sabem, a FIA está observando de perto o desenrolar da Ucrânia com tristeza e choque e espera uma solução pacífica para a atual situação. Condenamos a invasão da Rússia ao país e nossos pensamentos estão com todos aqueles que estão sofrendo com o evento”, falou Ben Sulayem, presidente da FIA.
“Gostaria de dizer, ainda, que a FIA, junto com nossos promotores, agiu pró-ativamente nesta questão na última semana e comunicou de acordo com a F1, Fórmula 2, WTCR e a Copa Interacional de Drifiting. Um calendário atualizado será divulgado após o encontro no Bahrein”, completou.
Após os pedidos feitos ao grupo, além também das recomendações do COI, Comitê Olímpico Internacional, foram divulgadas as seguintes medidas:
Competições nos territórios da Rússia e Bielorússia:
– Nenhuma competição internacional vai acontecer na Rússia e Bielorússia até novo comunicado;
– Nenhuma bandeira, símbolo ou hino da Rússia e Bielorússia serão usados em competições internacionais;
Pilotos, competidores e oficiais:
– Nenhuma equipe russa/bielorussa vai participar de competições internacionais;
– Pilotos russos e bielorussos, competidores individuais e oficiais vão participar das competições internacionais apenas de maneira neura e sob bandeira da FIA, especificamente pelo comprometimento aos princípios de paz e política neutra da FIA;
– Nenhum símbolo nacional russo/bielorusso, cores, bandeiras [uniforme, equipamento e carro] devem exibir e nenhum hino deve ser tocado nas competições internacionais;
Com as medidas tomadas pela entidade máxima do automobilismo internacional, a Haas, equipe norte-americana, vai passar por grande reestruturação. Além de não poder mais exibir as cores da Rússia no carro como fez no último ano, também não vai poder contar com a sua maior patrocinadora, a UralKali, trazida por Nikita.
Vale lembrar, porém, que apesar de liberado pela FIA, a situação de Mazepin não está totalmente resolvida. Afinal, o competidor tem contrato de ter vaga na equipe por conta do gordo patrocínio, e não se sabe como fica o acordo sem a empresa estampada no carro.
“Quero agradecer aos membros do Conselho por sua pronta ação em decidir essas medidas voltadas ao esporte e paz. Nos solidarizamos a Leonid Kostyuchenko, presidente da Federação da Ucrânia, e toda a família da FIA no país”, emendou Ben.
“As medidas tomadas hoje reconhecem a autoridade da Federação da Ucrânica e também estão alinhadas com as recomendações feitas pelo COI. Estamos ativamente discutindo com nossos membros e vamos continuar a estender nossa compaixão e apoio neste momento. Esperamos sinceramente uma resolução pacífica para essa intolerância”, completou.
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