Carlos Sainz surpreendeu em 2021 com sua atuação contra Charles Leclerc. Com novos regulamentos se aproximando e a chance da Ferrari competir pelo título mundial novamente, a questão é como a equipe italiana lidará com uma possível disputa interna entre seus pilotos.
Ferrari e Fórmula 1 estão para sempre ligadas. A marca italiana é indispensável para a categoria e a F1 sem a marca lendária não é F1. Os italianos têm o maior número de títulos mundiais em seu nome e estão envolvidos na Fórmula 1 desde o primeiro dia. Como tal, eles têm uma grande e respeitada reputação.
Essa reputação garante que os maiores pilotos sempre queiram correr pela Ferrari. Alberto Ascari conquistou o primeiro título com a Ferrari depois de vencer o primeiro com a Alfa Romeo, e Juan Manuel Fangio também foi trazido para Maranello após títulos com Alfa Romeo, Maserati e Mercedes. Tudo para trazer o título mundial para a Itália.
A Ferrari gasta muito dinheiro na Fórmula 1. Não apenas no carro e no motor, mas também nos pilotos. Portanto, não é de surpreender que pilotos como Niki Lauda, Alain Prost, Michael Schumacher, Fernando Alonso e Sebastian Vettel, já correram pela equipe.
No entanto, para alguns funciona melhor do que para outros, porque gastar muito dinheiro e contratar o melhor piloto nem sempre resulta em um título mundial. A Ferrari não conquista um título na F1 já faz bastante tempo. O último título foi conquistado por Kimi Raikkonen em 2007, após o qual as tentativas com Vettel e Alonso não deram certo.
Sob a liderança de Mattia Binotto, no entanto, houve uma mudança de rumo na Ferrari. Anteriormente a equipe sempre escolhia um piloto estrela e depois procurava um segundo piloto, agora há uma dupla competitiva. Leclerc era visto como o novo homem dentro da Ferrari para liderar a equipe, mas Sainz parece estar mais perto do que se pensava anteriormente.
Esta situação não é totalmente nova para a Ferrari. Basta lembrar da luta pelo título entre Jody Scheckter e Gilles Villeneuve em 1979. Villeneuve era o favorito, mas foi o sul-africano que ficou com o título, depois de um duelo bastante duro.
Situação semelhante surgiu a partir de 2007, com Kimi Raikkonen e Felipe Massa. O brasileiro já estava na equipe, mas Raikkonen foi contratado para substituir Michael Schumacher. Raikkonen conquistou o título em seu primeiro ano na equipe, mas quando o finlandês perdeu o duelo para Massa em 2008 e 2009, o brasileiro recebeu mais apoio da equipe. No meio do ano, a equipe sempre fazia um balanço e escolhia um piloto.
Depois de Alonso e Vettel, um novo vento soprou em 2019 com a chegada de Leclerc. Binotto enfatizou antes da temporada que aquele era um ano de aprendizado para Leclerc, e Vettel ainda era o piloto número um. Logo, no entanto, Leclerc se mostrou mais rápido, forçando Binotto a dizer depois de algumas corridas que os dois estavam em igualdade.
Com esse status alterado, Vettel teve cada vez mais problemas. Ele perdeu a confiança da equipe após seu erro na Alemanha durante a disputa pelo título de 2018 e nunca recuperou essa confiança. A equipe se uniu cada vez mais aos jovens talentos e na Ferrari eles esperavam ter um novo ‘Verstappen’ em casa.
Em 2021, no entanto, Leclerc não foi dominante como era esperado. Ele terminou à frente de Sainz com mais frequência na qualificação, porém no final do campeonato, Sainz ficou com a quinta colocação e Leclerc com a sétima, o que causou surpresa, dentro e fora da Scuderia.
Muitas pessoas estão, portanto, ansiosas por 2022 e até porque há novos regulamentos para esta temporada. Os carros serão muito diferentes e há uma chance de o grid ter algumas modificações.
Se a Ferrari realmente tiver um carro forte para a próxima temporada, uma forte disputa aguarda os dois pilotos da equipe. Ambos têm ambições de se tornarem campeões na F1. Leclerc foi mais rápido na qualificação em 2021, mas Sainz acabou marcando mais pontos. Um duelo único e também importante para as carreiras de ambos os pilotos.
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