Toto Wolff falou suas opiniões sobre a polêmica decisão da McLaren de inverter as posições entre Lando Norris e Oscar Piastri no final do GP da Itália no domingo (7), após um erro no pit stop do britânico perto das últimas voltas de corrida. O chefe da Mercedes, que tem experiência em administrar dois pilotos lutando pelo título, afirmou que a decisão pode afetar as próximas provas.
“Não existe certo nem errado, e estou curioso para ver como isso se desenrola. Você estabelece um precedente que é muito difícil de desfazer”, afirmou Wolff para o portal GPBlog. “E se a equipe cometer outro erro e não for um pit stop… você os troca? Mas, da mesma forma, devido a um erro da equipe, fazer com que um piloto que está tentando recuperar perca os pontos também não é justo. Então, acho que vamos ter a resposta sobre se isso foi certo hoje, no final da temporada, quando a disputa aquecer.”
O austríaco fez questão de apontar que o cenário complexo enfrentado pela equipe rival, além de questionar quais serão as próximas atitudes tomadas: “Se a equipe cometeu um erro, a equipe inverteu as posições, [é uma] decisão absolutamente justa. Por outro lado, o que é um erro da equipe? E se da próxima vez o carro não ligar e você perder a posição ou a suspensão quebrar? O que você faz então na próxima corrida?”, questionou.
Segundo ele, a McLaren precisa encontrar uma definição clara para este tipo de situação, para que exista uma disputa justa entre os pilotos, sem necessidade de interferências da equipe. “Você pode ter uma cascata de eventos que cria um precedente, e isso deve ser muito difícil de gerenciar. Acho que o mais importante é ter uma estratégia clara. Ou você vai por um caminho, ou vai por outro. Ou você os deixa correr, ou tenta equilibrar da maneira mais justa possível, levando em consideração que ele estará de volta lá no final.”
Ele usou como exemplo o GP da Hungria de 2017, quando Valtteri Bottas cedeu sua posição a Lewis Hamilton. “Nós dissemos: ‘vamos inverter se você (Hamilton) não conseguir (ultrapassar Kimi Räikkönen)’. E no final, Valtteri estava 10 segundos atrás de Lewis, com Verstappen pressionando, e ainda assim invertemos. Porque foi o que combinamos antes da corrida. Então, você tem que tentar, independente do caminho que escolher. E é um problema de luxo. Eles não podem mais perder esses campeonatos”, concluiu.
A inversão da McLaren em Monza fez com que a equipe recebesse muitas críticas do público e também de alguns pilotos. Ainda durante a prova, o tetracampeão Max Verstappen, da Red Bull, chegou a ironizar a decisão do time de Zak Brown durante conversa com seu engenheiro. Andrea Stella, chefe do time britânico, acredita que a ordem manteve o “espírito de equipe.“
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