F1: Wolff reconhece dificuldades da Mercedes na era do efeito solo

Toto Wolff fez uma avaliação franca sobre o desempenho da Mercedes desde a introdução das regulamentações de efeito solo em 2022, admitindo que a equipe falhou em dominar o atual regulamento da Fórmula 1. O chefe da Mercedes destacou que, embora a equipe tenha vivido um período de domínio entre 2014 e 2021, com oito títulos consecutivos de construtores e seis campeonatos de pilotos com Lewis Hamilton, a adaptação às novas regras de aerodinâmica tem sido um desafio.

Desde a introdução do efeito solo, a Mercedes tem lutado para voltar às suas glórias passadas. O W13 de 2022 foi marcado por problemas graves de ‘porpoising’, o W14 teve um desempenho inconsistente em 2023 e o W15 não conseguiu apresentar competitividade contínua. Até o W16 deste ano, que só conquistou uma vitória com George Russell, ainda está longe de recuperar o ritmo de sucesso que a equipe vivenciou anteriormente.

“Eu acho que nunca nos destacamos ao gerenciar essas regulamentações”, disse Wolff em entrevista ao Formula.hu. “Desde o começo, começamos com um grande descompasso. E alcançar grandes concorrentes é muito difícil.”

Os comentários de Wolff refletem a dificuldade da Mercedes em entender e implementar as regras atuais, especialmente após a escolha equivocada pela filosofia de design ‘zeropod’, que levou a um ciclo de desenvolvimento caro e improdutivo. Enquanto isso, concorrentes como Red Bull Racing e McLaren avançaram, deixando a Mercedes para trás.

No entanto, Wolff também lembrou momentos positivos que a equipe teve em sua jornada recente. “Mas também vou olhar para muitos destaques”, acrescentou o austríaco. “Lembramos da nossa última vitória em Silverstone, do domínio em Spa e em Las Vegas, e até mesmo de Montreal este ano, quando tivemos um carro vencedor”, acrescentou.

Apesar das dificuldades, Wolff se mostrou confiante de que, na segunda parte da atual temporada, a Mercedes conseguirá novamente ter um carro competitivo e voltar a lutar pelas vitórias, isso sem contar que em 2026 os regulamentos da F1 irão mudar novamente e de forma ainda mais radical, incluindo motores e aerodinâmica.