Toto Wolff voltou a falar sobre os bastidores das decisões da Mercedes, em meio às especulações sobre uma possível contratação de Max Verstappen para a temporada 2026 da Fórmula 1. O chefe da equipe alemã reconheceu que a definição da dupla de pilotos para a nova era da categoria exige conversas delicadas, mas garante que está preparado para lidar com o desafio.
Fã declarado do holandês há vários anos, Wolff tem interesse em tirar o tetracampeão da Red Bull Racing e levá-lo para o time de Brackley, em um movimento que mudaria profundamente a estrutura da equipe. No entanto, isso exigiria abrir espaço na atual dupla de pilotos, o que colocaria em risco as vagas de George Russell e do jovem Kimi Antonelli, ambos com contratos terminando no final de 2025.
Wolff lembrou de situações semelhantes no passado recente, quando precisou tomar decisões difíceis em relação à escalação de pilotos. Um dos episódios foi em 2021, ao optar por promover Russell, então na Williams, no lugar de Valtteri Bottas. Anteriormente, em 2019, o finlandês havia sido mantido em detrimento de Esteban Ocon, à época piloto vinculado ao programa júnior da Mercedes.

“É da natureza do esporte que se fale sobre pessoas, seja quem está no carro, na fábrica ou no circuito”, afirmou Wolff, em entrevista para a imprensa. “O mais importante é manter seus valores. Para mim, isso significa ter integridade, ser humilde diante da situação e respeitar as pessoas. É isso que eu, e nós como equipe, estamos tentando fazer”, acrescentou.
Wolff reforçou que já esteve em situações semelhantes antes mesmo de sua atuação na Fórmula 1. “Algumas conversas são mais difíceis do que outras”, finalizou, sem dar pistas sobre qual caminho a Mercedes deve seguir. O interesse em Verstappen permanece, mas enquanto o piloto da Red Bull não descarta abertamente a mudança, o cenário continua indefinido.
