Lewis Hamilton teve um final de semana difícil no GP da Hungria de Fórmula 1, especialmente após a sessão de classificação, onde foi eliminado ainda no Q2, conquistando apenas a 12ª posição, mesma posição em que terminou a corrida. O piloto britânico, visivelmente frustrado, chegou a se autodepreciar ao dizer: “Sou inútil, absolutamente inútil. A equipe não tem problema. O carro está na pole (com Charles Leclerc), então talvez precisemos trocar de piloto.”
No entanto, o chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, saiu em defesa de Hamilton, destacando que a situação foi um reflexo das condições extremamente competitivas da sessão de classificação e que o desempenho de Hamilton não deve ser visto isoladamente. Vasseur afirmou que a diferença entre ele e Leclerc, que conquistou a pole, foi muito pequena, com Hamilton ficando a apenas dois décimos de distância de seu companheiro de equipe.
“Se você olhar para o Q1, Lewis estava à frente de Charles com o primeiro conjunto de pneus, mas no segundo, a diferença era de apenas um décimo”, afirmou Vasseur. “O problema foi que, quando a performance estava em risco, Hamilton fez uma volta dois décimos mais lenta que Charles e acabou ficando fora do Q3”, disse ele.
Vasseur também afirmou que o mesmo quase aconteceu com Max Verstappen da Red Bull Racing, que estava igualmente em perigo de ser eliminado precocemente durante a sessão de classificação: “No final, a situação estava muito apertada. Max quase foi eliminado também, mas no fim das contas, a diferença é tão pequena que se você chega ao Q3, tem chance de fazer um bom resultado.”

O chefe da Ferrari também elogiou a recuperação de Hamilton ao longo da temporada, lembrando das boas performances do piloto após momentos difíceis, como em Miami, Espanha, Silverstone e Áustria: “Ele tem sido muito competitivo, às vezes até superando Leclerc em algumas sessões de classificação, como no Canadá. Mesmo no GP da Hungria, ele estava seis décimos mais rápido que Charles antes de perder o carro na curva 14”, acrescentou.
Apesar das dificuldades, Vasseur pediu cautela ao avaliar o desempenho de Hamilton, ressaltando que é preciso evitar conclusões precipitadas: “A temporada é longa, e o mais importante é terminar bem as corridas. Às vezes, é melhor não tirar conclusões rápidas”, completou o francês.
