O GP da Holanda de Fórmula 1, terminou de forma amarga para Charles Leclerc e para a Ferrari. O monegasco abandonou a corrida na volta 53, após um toque com Kimi Antonelli na curva 3, incidente que teve origem em uma decisão estratégica da equipe.
A Ferrari havia chamado Leclerc para os boxes logo após a Mercedes realizar uma segunda parada com Antonelli. A intenção era proteger a posição na pista e, ao mesmo tempo tentar se aproximar de Isack Hadjar, que estava em terceiro. O trabalho da equipe foi rápido o suficiente para manter Leclerc à frente, mas os pneus mais aquecidos de Antonelli deram ao piloto da Mercedes a oportunidade de atacar, resultando no acidente após um erro do jovem piloto italiano.
Pelo rádio, Leclerc questionou a escolha: “Acho que isso foi desnecessário. Nunca podemos saber o que aconteceria, mas os pneus estavam bons”, disse ao engenheiro Bryan Bozzi antes de deixar seu SF-25 avariado.

O chefe da Scuderia, Frédéric Vasseur, explicou a decisão: “Sim e não. É sempre fácil ter uma visão diferente depois da corrida. Honestamente, era a única forma de tentar lutar com Hadjar naquele momento, buscando uma opção diferente ou mesmo o ‘undercut’. Acho que foi a escolha certa naquele momento, mas claro, olhando para a volta de saída, a percepção muda”, acrescentou.
A corrida também marcou um duplo abandono para a Ferrari, já que Lewis Hamilton havia batido mais cedo no mesmo ponto da pista. Mesmo sem pontos em Zandvoort, Vasseur destacou que a equipe mostrou força: “Tivemos a pior sexta-feira desde que cheguei, mas o ritmo no domingo foi muito forte e consistente. Acho que estávamos próximos de Max (Verstappen) e certamente em posição de disputar com a Mercedes. Foi um final de semana difícil, mas com sinais positivos em termos de desempenho”, concluiu o francês.
