O desempenho dominante de Max Verstappen no GP da Itália, em Monza, causou surpresa ao chefe da McLaren, Andrea Stella. A equipe britânica terminou a corrida com Lando Norris e Oscar Piastri 19 segundos atrás do tetracampeão da Red Bull, expondo as limitações do MCL39 em traçados de alta velocidade.
Ao conversar com o site GPBlog, Stella reconheceu que os resultados ficaram abaixo das expectativas. “Bem, tenho que admitir que, embora esperássemos não ser tão dominantes como fomos na Hungria e em Zandvoort, não esperávamos ter este tipo de diferença para qualquer um de nossos concorrentes”, afirmou.
“Acreditávamos que ainda poderíamos ser potencialmente, esperançosamente, tão competitivos e rápidos quanto qualquer outro. Mas temos que admitir que ontem [na classificação] a Red Bull foi um ou dois décimos mais rápida que nós. E provavelmente hoje foram um pouco mais que isso, mais rápidos que nós, considerando que Verstappen estava em condições de ultrapassar Lando e considerando quanto ele abriu a vantagem no primeiro stint.”

Ele apontou ainda que o projeto do carro da McLaren não favorece circuitos de alta velocidade com configurações de baixo arrasto, como Monza. “Como eu disse ontem, pode haver algumas razões técnicas para que isso aconteça. Acho que vimos que sempre que a Red Bull opta por um nível baixo de arrasto, ou seja, asas traseiras pequenas, eles parecem reter muita eficiência aerodinâmica. E acho que expliquei ontem que projetamos nosso carro não nesse regime, mas em um regime diferente”, explicou.
“Mas isso tende a seguir uma tendência que também tivemos no ano passado. Então, acho que para nós, em termos de design fundamental, certamente há uma lição a ser aprendida, porque não queremos ser competitivos apenas em uma certa categoria de circuitos. Queremos ser competitivos em todos os circuitos.”
Apesar da derrota para Verstappen, a McLaren continua sobrando no campeonato de construtores, onde soma 617 pontos, enquanto a vice-líder Ferrari se encontra com 280.
