A McLaren está surpreendendo o mundo da Fórmula 1 com o MCL39, que está dominando a temporada 2025. Entretanto, Andrea Stella, chefe da equipe britânica, revelou que a abordagem usada para o desenvolvimento do projeto foi “agressiva” e “ambiciosa”, deixando todo o time “nervoso” antes do início da temporada.
No ano passado, a McLaren superou a Red Bull no segundo semestre e terminou a temporada com o carro mais rápido do grid, vencendo o campeonato de construtores após 25 anos de jejum. Em vez de manter a evolução natural do projeto para 2025, como muitas das equipe optaram, a equipe de Woking decidiu por uma reformulação radical.
A decisão lembra uma aposta semelhante feita em 2013, no último ano dos motores V8, que fracassou e levou a equipe a um fraco quinto lugar no campeonato. Desta vez, porém, a estratégia funcionou: a McLaren já soma 559 pontos na tabela de construtores, mais que o dobro de pontos da Ferrari, segunda colocada, e seus pilotos, Oscar Piastri e Lando Norris, lideram confortavelmente o campeonato de pilotos.
Stella confessou que a equipe não tinha certeza se as mudanças trariam resultados imediatos: “Fiquei surpreso com esse nível de competitividade. Quando discutimos no ano passado quanto esforço colocar no carro de 2025, decidimos ser muito ambiciosos. Queríamos sair daquela situação de chegar nas corridas sem saber quem venceria.”
“Do ponto de vista da engenharia, estávamos nervosos com algumas soluções”, admitiu ele. “Será que conseguiríamos entregá-las? Quando vimos os números nas simulações, percebemos que ainda não era o suficiente. E, no início da temporada, realmente não foi.
A virada de desempenho veio com uma série de pequenas atualizações ao longo do ano. Stella explicou que, diferentemente de 2024, a evolução em 2025 foi mais gradual: “Se juntássemos todas as peças novas das últimas quatro corridas em uma única atualização, pareceria um pacote enorme. — Isso nos deixou muito competitivos recentemente”, concluiu o italiano.
A McLaren iniciou as férias de verão da Fórmula 1 no topo absoluto, com vitórias na Bélgica e na Hungria. Piastri e Norris estão separados por apenas nove pontos no campeonato e a equipe já sinalizou que não vai interferir nas disputas em pista.
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