Kimi Antonelli, jovem promessa da Mercedes, tem enfrentado dificuldades nesta temporada após um início promissor. O piloto de dezoito anos, que conquistou uma pole position e um pódio no início do ano, viu seu desempenho cair drasticamente desde a chegada da Fórmula 1 aos circuitos europeus. Guenther Steiner, ex-chefe da Haas, acredita que a promoção de Antonelli à F1 foi feita antes do tempo e que a pressão excessiva pode estar afetando o desenvolvimento do jovem piloto.
Em entrevista ao podcast Red Flags, Steiner afirmou que, embora a Mercedes tenha inicialmente planejado dar a Antonelli mais um ano na Fórmula 2, a saída inesperada de Lewis Hamilton para a Ferrari forçou uma mudança de planos: “Eu acho que nunca houve um plano para colocá-lo no carro neste ano. O plano surgiu quando Lewis disse, ‘Adeus, vou para a Ferrari’. A partir daí, a situação mudou e colocaram Kimi na F1”, disse Steiner.
Antonelli marcou apenas seis pontos nos circuitos europeus, bem atrás dos trinta e três pontos conquistados por seu companheiro de equipe, George Russell no mesmo período. Steiner destaca que, apesar das qualidades do piloto, a pressão de competir ao lado de um piloto experiente como Russell, pode ter sido um fator que afetou seu desempenho: “Ele é um bom piloto. Quão bom? Só o tempo dirá, mas eu realmente espero que ele não tenha sido ‘quebrado’,” acrescentou Steiner.

O ex-chefe da Haas também fez uma comparação com Liam Lawson, que enfrentou dificuldades na Red Bull Racing nas duas primeiras corridas do ano, antes de ser rebaixado para a Racing Bulls e mostrar uma performance muito mais consistente desde então: “Olhe para Liam Lawson, quando ele estava na Red Bull, ele teve dificuldades. Agora que voltou para a Racing Bulls, está indo muito melhor. Às vezes, quando você está em um dos carros top, a pressão é enorme, e isso pode ser difícil para os jovens pilotos”, completou Steiner.
Apesar dos obstáculos, Antonelli segue sendo considerado um grande talento, e os próximos meses serão de extrema importância para determinar sua adaptação e potencial a longo prazo na Fórmula 1.
