Ralf Schumacher apresentou uma versão diferente da defendida por Helmut Marko sobre a situação de Christian Horner na Red Bull Racing, e afirmou que o consultor austríaco não teria motivos para reclamar do chefe da equipe britânica.
Em declarações à Sky Sports alemã, o ex-piloto de Fórmula 1, destacou que havia uma divisão clara dentro da estrutura da Red Bull: “Ficou claro: havia dois lados”, afirmou Schumacher, ao comentar o cenário interno da equipe.
Segundo ele, Marko teve a oportunidade de demitir Horner ainda durante a vida de Dietrich Mateschitz, cofundador da Red Bull: “Por mais que eu goste do Helmut, preciso lembrá-lo de que, mesmo com Dietrich Mateschitz ainda vivo, ele teve a chance de demitir Horner. Naquela época, os dois eram muito, muito próximos e estavam unidos em torno de uma causa específica”, afirmou.
Schumacher acrescentou que havia planos maiores envolvendo Marko e Horner naquele período: “Na verdade, eles estavam planejando fazer um grande negócio juntos. Não vou dizer qual agora, isso não seria totalmente justo, mas Marko sabe exatamente do que estou falando”, disse ele.
O alemão também afirmou que Mateschitz já demonstrava insatisfação com Horner: “Na época, Mateschitz já queria se livrar de Horner, porque não o considerava leal. Isso também não caiu bem para Mateschitz (o fato de Marko não ter demitido Horner)”.

De acordo com Schumacher, após a morte de Mateschitz, a posição de Horner se fortaleceu ainda mais por conta de sua relação com o acionista tailandês da Red Bull: “Especialmente depois que Mateschitz morreu e Horner, graças ao acionista tailandês, com quem ele tinha uma relação muito boa e que construiu deliberadamente, ganhou uma posição tão forte, o lado da Red Bull em Salzburgo, e também Marko, ficaram um pouco impotentes”, acrescentou.
Schumacher conntinuou dizendo que, embora Marko tenha razão em alguns pontos, a situação atual poderia ter sido evitada: “É exatamente por isso que eu tenho que dizer, Marko está certo, mas também, isso é um pouco ‘lavar roupa suja’ que ele mesmo poderia ter evitado. Essa é simplesmente a situação agora”, finalizou o alemão.
