George Russell compartilhou detalhes de como conseguiu sua primeira oportunidade na Mercedes, lembrando o e-mail que enviou a Toto Wolff em 2014 e que resultou em um encontro decisivo com o chefe da equipe.
O britânico, hoje vencedor de cinco GPs na Fórmula 1 e com contrato renovado com a Mercedes, tinha apenas dezesseis anos quando percebeu que sua família não poderia mais sustentar sua carreira. A solução encontrada foi agir por conta própria: “Quando eu tinha dezesseis anos, percebi que teria que fazer meu próprio caminho. Meus pais me disseram que não tinham mais condições de financiar minha carreira, então comecei a ligar e escrever para quem pudesse me ouvir”.
Russell contou que conseguiu o e-mail de Wolff através de um contato de seu empresário: “Era a terça-feira depois do GP de Abu Dhabi em 2014. Escrevi algo como: ‘Caro Toto, meu nome é George Russell, corro na Fórmula 4 britânica, fui campeão nesta temporada e vou subir para a F3 no próximo ano. Gostaria de me encontrar com você para ouvir seu conselho sobre o futuro da minha carreira’.”
A resposta veio quase imediatamente. “Ele respondeu em quinze minutos. Já tinha conversado com McLaren e Red Bull Racing, mas Toto foi diferente. Pareceu muito genuíno”, disse ele.

O encontro aconteceu em janeiro de 2015, na sede da Mercedes próxima a Silverstone. Russell recorda a cena com humor: “Toto sempre conta que cheguei de terno, gravata e pasta na mão. Não era bem assim, mas é verdade que fui com meus melhores sapatos e uma roupa mais formal, parecia um velho de dezesseis anos”, acrescentou.
Na reunião, estavam também Gwen Lagrue, recém-contratado para liderar o programa de jovens pilotos, e outros chefes de departamento da equipe. Foi o início de uma aposta de longo prazo da Mercedes: “Não era apenas um garoto que mandou um e-mail simpático. Eu já estava no radar deles, mas foi ali que tudo se encaixou. Foi um salto de fé da parte deles”, completou Russell.
Assim, de um simples e-mail até a primeira reunião, começou a trajetória que levou Russell ao atual posto de titular da Mercedes e, hoje, a mirar o título na Fórmula 1.
