A Red Bull vai iniciar, logo após a pausa de verão da Fórmula 1, a avaliação que definirá quem será o companheiro de equipe de Max Verstappen na temporada 2026. Helmut Marko, consultor esportivo da equipe, confirmou que todos os candidatos serão analisados com base em seus desempenhos positivos e negativos ao longo do ano.
O segundo assento do time de Milton Keynes ainda está em aberto. Yuki Tsunoda, atual titular, tem contrato apenas até o fim de 2025 e atravessa um momento delicado, com a maior sequência sem pontuar de qualquer piloto da Red Bull na história da F1. Nas últimas oito etapas, o japonês foi eliminado na Q1 em quatro ocasiões e já soma sete corridas sem marcar pontos.

Apesar disso, Tsunoda recebeu elogios de Marko e do chefe de equipe Laurent Mekies após o GP da Hungria, quando ficou a menos de dois décimos de Verstappen em volta rápida. Ainda assim, seu futuro está longe de garantido.
Marko deixou claro que outros nomes também estão no radar. Entre eles, estão os pilotos da Racing Bulls, Liam Lawson e Isack Hadjar, que também serão observados nesse processo de seleção. “Nossos pilotos são tradicionalmente avaliados depois da pausa de verão. No momento, tudo ainda está em aberto. Nós olhamos o desempenho, tanto o positivo quanto o negativo”, disse o dirigente ao site F1-Insider.
Para quem assumir o posto ao lado de Verstappen, o recado de Marko é direto: não é hora de tentar superá-lo. “Quem dirigir ao lado de Max precisa parar de tentar vencê-lo. É impossível bater Max atualmente. O foco tem que ser extrair o melhor de si e para a equipe”, afirmou o austríaco de 82 anos.
A definição do companheiro de Verstappen ocorre em um momento de transição para a Red Bull. Após as dez corridas finais da temporada, a equipe se despedirá da Honda, passando a fabricar sua própria unidade de potência a partir de 2026, quando entram em vigor os novos regulamentos da categoria.

A parceria com a fabricante japonesa rendeu conquistas históricas e também foi crucial para a carreira de Tsunoda, apoiado pela Honda desde 2016. O vínculo, porém, pode influenciar o futuro do piloto. A partir de 2026, a Honda será parceira da Aston Martin, e, segundo Marko, já existem conversas sobre um possível destino para o japonês.
“Costumamos avaliar os pilotos apenas na pausa de verão. Yuki sempre foi um protegido da Honda, e há negociações com eles. Depois veremos qual caminho será tomado”, declarou Marko ao jornal Krone Zeitung.
Com o cenário indefinido e a pressão aumentando, a pausa de verão pode ser decisiva para o futuro de Tsunoda e para o desenho da dupla da Red Bull em 2026.
