Toto Wolff, chefe da Mercedes, se abriu recentemente sobre a demissão de Christian Horner da Red Bull Racing, uma decisão que pegou muitos de surpresa e marcou o fim de uma era na Fórmula 1. Apesar das intensas rivalidades entre eles ao longo dos anos, Wolff reconheceu a importância de Horner na categoria, chamando-o de uma ‘grande personalidade’.
Em entrevista ao Formula.hu, Wolff foi sincero sobre o relacionamento que teve com o ex-líder da Red Bull: “O que eu penso? Bem, ele se comportou como um verdadeiro ‘asshole’ muitas vezes nos últimos doze-quinze anos”, disse Wolff, se referindo ao estilo agressivo e competitivo de Horner. “Ele opera segundo valores completamente diferentes dos meus, mas até o maior inimigo tem um melhor amigo, e quem eu vou odiar agora”, afirmou.
Mesmo com as diferenças entre os dois sendo evidentes, Wolff não poupou elogios ao sucesso de Horner à frente da Red Bull. Durante seus vinte anos na equipe, Horner conquistou oito campeonatos de pilotos e seis de construtores, sendo um dos personagens mais importantes da F1 nesse período. Para Wolff, a saída de Horner deixa um vazio significativo: “Agora que ele se foi, pelo menos por um tempo, uma verdadeira personalidade deixou o esporte. Ele foi polêmico, mas era uma das figuras principais aqui”, disse o chefe da Mercedes.
Wolff também refletiu sobre a mudança no cenário dos chefes de equipe, lembrando que figuras como Horner são cada vez mais raras na F1 moderna: “Olha, do ponto de vista da Fórmula 1, não acho que haja muitos ‘dinossauros’ como chefes de equipe antigos por aqui. Talvez só eu, e talvez o Fred (Vasseur da Ferrari) seja um pouco um dinossauro também”, completou sorrindo.
A saída de Horner representa um ponto de virada para a Red Bull, e também para a dinâmica entre as equipes na Fórmula 1. Mesmo com as diferenças, Wolff reconhece a importância do legado de Horner e a marca que ele deixou na categoria.
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