F1: Quais times se beneficiarão com revisão da alocação dos testes aerodinâmicos?

Após 12 etapas disputadas, Fórmula 1 já completou metade do campeonato de 2025. Agora, com isso, o regulamento de testes aerodinâmicos passa por um novo reajuste e de acordo com o sistema de escala móvel, que foi adotado desde 2021, as equipes que estão nas posições mais abaixo do Mundial de Construtores, ganham mais tempo para desenvolver seus carros em túnel de vento e simulações por CFD (dinâmica dos fluidos computacional).

O sistema é atualizado duas vezes por ano e funciona como uma forma de equilibrar o grid: quanto melhor a colocação da equipe no campeonato, menor é o tempo permitido. Já quem está nas últimas posições, ganha uma margem maior de testes — o que é o caso da Alpine, lanterna do campeonato, que agora pode usar quase o dobro do tempo permitido à McLaren, atual líder com folga.

O valor de referência é de 320 usos no túnel de vento e 2.000 simulações CFD a cada dois meses. A McLaren, por estar no topo, tem direito a apenas 75% desse total — mesma limitação que já enfrentava no início do ano, por ter encerrado 2024 como campeã de construtores.

Oscar Piastri (AUS) McLaren MCL39.
Foto: XPB Images

Já a Mercedes, que vive um ano de recuperação em relação às temporadas anteriores, agora sente os efeitos da boa fase: ao ocupar a vice-liderança, também passa a trabalhar com 75% da cota. A Ferrari, terceira colocada, tem um pouco mais de margem: 80%.

No meio do pelotão, Red Bull aparece com 85%, enquanto a Williams, atualmente em quinto, viu sua carga de testes diminuir em relação ao que vinha tendo nos últimos anos — um reflexo direto da melhora de desempenho.

Aston Martin e Alpine são os maiores beneficiados dessa redistribuição. A Aston, que teve uma primeira metade de temporada fraca e está em oitava, terá 105% da carga, o que representa 28 horas a mais de túnel em relação à McLaren. Já a Alpine, que amarga a última posição, vai operar com 115% do tempo: são 92 execuções extras e 460 horas totais de uso de túnel.

Outro time que se beneficia é a Sauber, que apesar da leve reação recente, ainda colhe os frutos do início ruim de temporada. A equipe, que se tornará a Audi a partir de 2026, agora conta com 110% da cota de testes.

Por fim, a Cadillac, que entra na F1 no ano que vem como a 11ª equipe do grid, terá a mesma carga de testes que a Alpine: 115%. Nada de tratamento especial ou tempo ilimitado — todos precisam seguir o mesmo critério de equilíbrio esportivo.



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