A Red Bull vive um período turbulento, com demissões, rumores sobre a saída de Max Verstappen e dificuldades para contratar novos profissionais. De acordo com o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet Jr., por conta desse ambiente, muitos engenheiros e funcionários estão hesitantes em aceitar propostas da equipe austríaca.
Na semana passada, a crise interna foi escancarada com o anúncio da saída de Christian Horner, chefe de equipe há quase duas décadas. A decisão foi tomada de forma inesperada, com Horner sendo informado apenas na véspera. Piquet Jr., irmão de Kelly Piquet, que tem um relacionamento com Verstappen, deu detalhes sobre a situação no podcast Pelas Pistas.
“Qual é o motivo da dificuldade em reter Max? Ouvi dizer que estão com problemas para trazer de volta ou contratar pessoas-chave”, afirmou Piquet Jr. “Porque alguns não gostaram do ambiente na equipe. Aqueles pequenos problemas que surgiram entre [Horner] e o pai de Max. De certa forma, isso incomodou algumas pessoas. Para eles trazerem de volta os profissionais que desejam, alguns acharam que, com o Christian lá, seria mais difícil.”
Além dos conflitos internos, Piquet Jr. revelou que Horner resistia a dividir responsabilidades dentro da estrutura da Red Bull. “É o que as pessoas têm comentado – era sobre distribuir mais as tarefas, e Horner não queria isso. Ele queria manter o controle sobre tudo: as duas equipes, os motores… queria comandar tudo. Para ele, era uma situação ganha-ganha. Se obtivesse todo o poder, seria uma vitória moral. Se não, receberia uma quantia enorme, quase US$ 100 milhões.”
Embora a possível saída de Verstappen para a Mercedes seja a grande pauta do ano, Piquet Jr. acredita que a reorganização da equipe tem motivos mais profundos. “Talvez parte disso seja psicológico, para que possam dispensá-lo e recontratar essa lista de pessoas. Não é só por causa do Max”, afirmou o brasileiro.
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