F1: Pilotos divergem após primeiros testes no simulador para 2026

A Fórmula 1 vive um momento de expectativa com a aproximação da revolução técnica de 2026, que promete mudanças radicais nas unidades de potência e no conceito aerodinâmico dos carros. Mesmo a dois anos da estreia do novo regulamento, as primeiras impressões vindas dos simuladores já estão gerando opiniões diferentes entre os pilotos.

Na Aston Martin, Lance Stroll foi um dos primeiros a testar no simulador um modelo desenvolvido com base no regulamento de 2026. Após a experiência, o canadense se mostrou pouco entusiasmado com o desempenho do carro projetado por Adrian Newey. Seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, no entanto, pediu cautela antes de tirar conclusões definitivas.

“Eu só fiz um dia de trabalho no simulador e é muito difícil tirar conclusões depois de tão pouco tempo”, explicou Alonso em entrevista durante o GP da Hungria. “Sim, o carro tem menos desempenho do que o deste ano. Toda vez que nós, pilotos, testamos algo mais lento, nunca gostamos, mas depois vamos para um kart de aluguel com 12 cavalos e nos divertimos muito. Se no ano que vem formos rápidos, vamos amar os carros.”

F1 2026, Regulamentos
Foto: FIA/ F1

As mudanças previstas para 2026 incluem a introdução de novas unidades de potência e uma filosofia aerodinâmica que visa reduzir o arrasto e melhorar as disputas na pista. Mas o desafio de equilibrar o desenvolvimento do carro atual com os projetos futuros já influencia o planejamento das equipes.

Na Sauber, que será o time oficial da Audi em 2026, Nico Hulkenberg reconheceu que as atualizações no carro atual estão praticamente no fim. “Não acredito que nós e os outros continuaremos a desenvolver muito mais. Então, precisamos trabalhar com o pacote que temos agora”, afirmou o alemão. “O desempenho ainda vai variar de acordo com a pista.”

Questionado sobre os testes do carro de 2026 no simulador, Hulkenberg revelou que ainda não experimentou a nova geração de carros. “Nós simplesmente não estamos prontos. Se o simulador não refletir a realidade, pode passar uma impressão errada. Isso não serve para nada”, alertou.

Carlos Sainz, que se juntou à Williams após sua saída da Ferrari, reforçou que sua mudança tem um foco no médio e longo prazo, mirando os avanços previstos a partir de 2026. “Eu não vim para cá pelos resultados de 2025”, disse o espanhol ao jornal Marca. “Eu vim pelo potencial para 2026, 2027 e 2028. Quanto mais tempo passo com a equipe, melhor vejo o trabalho que está sendo feito.”

Ainda assim, Sainz observou alguns pontos a serem corrigidos nos testes iniciais do novo conceito. “O simulador nem sempre diz a verdade. Uma das coisas é a potência, que corta na reta, e outra é a variação de uma volta para outra”, comentou o piloto espanhol.

As opiniões divididas dos pilotos reforçam que ainda é cedo para saber se as mudanças previstas para 2026 vão agradar a todos, mas também indicam o tamanho da transformação que a Fórmula 1 deve viver nos próximos anos.



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