F1: Pilotos apontam desafios para ultrapassagens e propõem soluções

Recentes declarações de George Russell reacenderam o debate sobre o atual formato das corridas na Fórmula 1, com alguns pilotos expressando preocupações sobre a dificuldade de ultrapassagens após a primeira volta. O britânico, da Mercedes, comentou após o GP dos Estados Unidos, que a categoria se tornou praticamente ‘uma corrida até a curva 1’, destacando a estabilidade do top 6 e a predominância de estratégias de uma única parada.

Russell rejeitou a ideia de que as equipes estão apenas administrando os pneus durante as provas, e explicou que a situação é consequência de aprendizado técnico ao longo da temporada: “Não acho que estamos gerenciando, para ser honesto. Conforme a temporada avança, cada equipe aprende mais sobre o carro e sobre os pneus. Fizemos melhorias no acerto que reduzem a degradação e a temperatura dos pneus. Algumas corridas recentes foram de uma única parada. No início da temporada, com esse mesmo carro, não teríamos conseguido isso”, disse ele.

O piloto da Mercedes considera essa questão uma consequência natural da evolução da F1, sem culpados específicos: “É uma evolução natural. Não acho que haja alguém para culpar. Para a Pirelli, é sempre um desafio prever onde os carros estarão. Isso pode comprometer o início da temporada, mas ajuda no final do ano. Não é simples”, afirmou.

A visão de Russell foi compartilhada por seu companheiro de equipe, Kimi Antonelli, que destacou a dificuldade de criar vantagem em condições de ar turbulento e o efeito de pneus mais duráveis: “Como piloto, você sente muita diferença entre pilotar em ar limpo ou sujo. Com pneus mais robustos, é possível fazer stints mais longos, então há menos degradação. E com o ritmo dos carros tão próximo, é muito difícil gerar vantagem suficiente para ultrapassar”.

F1: Pilotos apontam desafios para ultrapassagens e propõem soluções
Foto: XPB Images

Carlos Sainz da Williams, também apontou retrocessos na capacidade de seguir de perto outro carro, destacando que a categoria precisa agir de forma proativa para manter corridas emocionantes: “A Fórmula 1 precisa tentar prever essas situações e trabalhar com a Pirelli ou com as equipes, para garantir que as corridas permaneçam no limite da estratégia de uma única parada, ou talvez ajustar regras como estender zonas de DRS. Muitas vezes estamos apenas reagindo, em vez de nos antecipar ao que acontece na pista”, afirmou Sainz.

Nico Hulkenberg, piloto da Sauber, reforçou essa preocupação, destacando que o problema se agravou desde 2022, tornando algumas provas mais previsíveis e sem muita ação na pista, o que tornou as sessões de classificação decisivas para o resultado final: “Ano a ano, de 2022 para cá, a situação piorou. Às vezes, a corrida se torna ‘estática’. Por isso, a sessão de classificação é muito importante, e a corrida vira realmente uma disputa até a curva 1”, completou o piloto alemão.



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.