Piero Ferrari, filho único de Enzo Ferrari, destacou que o limite orçamentário imposto pela Fórmula 1, tem sido um dos principais fatores que dificultam o retorno da equipe à luta por vitórias e títulos. Em uma entrevista ao La Gazzetta dello Sport, Ferrari, que acaba de completar oitenta anos, lamentou como a medida do teto orçamentário, introduzido há cinco anos, contribuiu para a crescente desigualdade entre as equipes de ponta e as demais, afetando diretamente as possibilidades da tradicional Scuderia recuperar sua supremacia na categoria.
Ferrari, que viu sua equipe alcançar a última conquista de título de pilotos e construtores há quase duas décadas, explicou que a limitação de gastos tem dificultado os esforços da Ferrari em acompanhar as equipes dominantes como Mercedes, Red Bull Racing e McLaren: “Hoje é muito complicado, porque você não pode gastar mais dinheiro para fechar a diferença, dadas as restrições do orçamento”, disse ele, refletindo sobre o impacto da medida nas estratégias da Ferrari.
Apesar das dificuldades, Piero permanece otimista e afirmou que ciclos negativos são parte da história da F1: “Acho que é uma questão de ciclos. A F1 sempre funcionou assim, e quando você entra em um ciclo negativo, não sabe quando vai atingir o fundo do poço”, disse ele, transmitindo confiança de que a Ferrari poderá reverter sua situação. “Esses ciclos têm que acabar e recomeçar. Tenho certeza de que a Ferrari voltará a ser bem-sucedida”, acrescentou.
Em relação ao espírito interno da equipe, Piero destacou que, apesar dos desafios, o senso de pertencimento e unidade dentro da equipe italana permanecem inabaláveis. Ele afirmou que a Ferrari continua a ser uma equipe que enche seus membros de orgulho, com muitos funcionários ainda usando seus uniformes após o trabalho, mostrando o valor que representa fazer parte da histórica marca de Maranello.
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