Oscar Piastri, líder da atual temporada da Fórmula 1, criticou veementemente a proposta do CEO da categoria, Stefano Domenicali, de implementar corridas Sprint com grids invertidos. Para o piloto australiano, a mudança prejudicaria o aspecto esportivo da categoria.
“Grids invertidos… pode parecer óbvio de onde estou, mas é uma má ideia. Do ponto de vista puramente esportivo e competitivo, a última coisa que queremos é que resultados críticos aconteçam por causa de grids invertidos e coisas assim”, afirmou Piastri em coletiva da FIA nesta quinta-feira.
O piloto da McLaren destacou que, embora essa prática possa ser útil nas categorias de base, como F2 e F3, ela não se aplica à Fórmula 1, onde o objetivo máximo é vencer o campeonato: “Na Fórmula 1, não há nada maior do que vencer o campeonato. Na F2 e F3, você está se mostrando para entrar na F1, e isso pode justificar certas práticas. Aqui, não há esse próximo passo. Quem coloca você na F1 sabe se você fez um bom trabalho, independentemente dos resultados”, afirmou.
Mais pilotos compartilharam preocupações semelhantes. Nico Hulkenberg da Sauber, alertou que a medida poderia priorizar o entretenimento em detrimento do esporte: “O esporte é popular, obviamente você sempre quer melhorar o lado do entretenimento, mas também precisa equilibrar com a performance. Para nós, é sobre performance máxima. Encontrar esse equilíbrio não é fácil”, disse o alemão.
Pierre Gasly, piloto da Alpine, também defendeu a manutenção do formato atual dos GPs: “Temos que manter o DNA do esporte. Do ponto de vista do piloto, você tem três treinos livres para trabalhar no carro e um GP, que é o evento principal. Concordo que é bom tentar mudanças, mas hoje prefiro o formato atual”, completou o francês, mas sem citar que a ideia de Domenicali, seria para as corridas Sprint.
Com essas declarações, alguns pilotos da F1 deixam claro que o foco deve permanecer na performance e na competição pura, reforçando a resistência à adoção de grids invertidos na categoria.
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