Bernie Ecclestone, ex-chefe supremo da Fórmula 1, demonstrou espanto com a demissão imediata de Christian Horner da Red Bull Racing. Em entrevista ao RacingNews365, o britânico, que mantém uma amizade de longa data com Horner, reagiu com surpresa à decisão da equipe, afirmando que o episódio foi tratado com severidade incomum.
“Deve ser algo muito sério, na minha opinião”, afirmou Ecclestone. “Falei com ele na segunda-feira, e ele não mencionou nada. Tivemos uma conversa normal, falamos sobre Max (Verstappen), mas nada relacionado a isso, caso contrário ele teria dito algo.”
A saída de Horner foi anunciada nesta quarta-feira (09) com efeito imediato, o que chamou ainda mais atenção de Ecclestone: “O que não entendo é esse ‘com efeito imediato’. Por que pedir para ele sair assim, de uma hora para outra? É como se ele tivesse matado alguém”, ironizou.
Para Ecclestone, a forma abrupta do desligamento é incomum até mesmo em situações de insatisfação com desempenho: “Se eles estavam insatisfeitos com os resultados, tudo bem, é compreensível. Mas ser demitido imediatamente é uma coisa completamente diferente”, acrescentou.

Horner liderava a Red Bull desde 2005, acumulando não apenas o cargo de chefe de equipe, mas também de CEO. Sua saída ocorre em um momento de instabilidade interna na equipe e após uma série de mudanças no alto escalão, incluindo as saídas de Adrian Newey e Jonathan Wheatley.
Mesmo com décadas de experiência nos bastidores da Fórmula 1, Ecclestone não escondeu o choque com o tratamento dado a Horner: “O mundo inteiro recebeu a mensagem de que ele foi demitido, com efeito imediato. Algo muito drástico deve ter acontecido para isso acontecer assim”, encerrou o ex-dirigente da categoria.
