Jolyon Palmer, ex-piloto da Fórmula 1 e atual comentarista, admitiu ter ficado surpreso com o momento escolhido pela Red Bull para demitir Christian Horner. A decisão, anunciada logo após o GP da Inglaterra, veio em meio a uma crise de desempenho e uma série de saídas importantes da equipe nos últimos meses.
“O timing realmente pegou todos de surpresa”, afirmou Palmer no podcast F1 Nation. “Sabíamos que Horner estava sob pressão, especialmente depois da saída de Adrian Newey e outros nomes-chave, mas ninguém esperava uma mudança tão abrupta logo após Silverstone”. Além da saída de Newey, que foi para a Aston Martin, a Red Bull também viu Jonathan Wheatley deixar a equipe para assumir a Sauber/Audi.

O analista destacou que a equipe vem enfrentando problemas desde o início da temporada, com o carro atual apresentando falhas recorrentes nos treinos livres, uma situação que tem exigido mudanças radicais durante os GPs para atender a Max Verstappen, que se mostra bastante insatisfeito com as soluções da equipe.
Para Palmer, a saída de Horner é mais um capítulo na crise institucional da Red Bull: “Nos últimos 18 meses, viram Newey, Wheatley e agora Horner partirem. Quando peças fundamentais saem, o efeito é cumulativo. Christian já estava no olho do furacão há tempos, mas a forma como isso aconteceu mostra que a situação era insustentável.”
O ex-piloto também questionou os desafios para Laurent Mekies, que assume o comando: “A Red Bull principal é um animal completamente diferente da Racing Bulls. Será um teste enorme para ele”, finalizou. Mekies já comandará o time austríaco a partir do GP da Bélgica, entre 25 e 27 de julho. Enquanto isso, rumores sobre Verstappen estar de saída para a Mercedes continuam sondando a equipe.
