A Fórmula 1 chega ao GP da Bélgica com Red Bull e Ferrari apostando alto em novos pacotes de atualização para tentar mudar o cenário desafiador de ambas nesta temporada. Com Max Verstappen 69 pontos atrás do líder do campeonato Oscar Piastri, a Red Bull vive um momento decisivo para manter viva a esperança do holandês conquistar o título de pilotos.
A equipe austríaca revelou uma série de atualizações significativas no RB21. A principal novidade está na asa dianteira, que recebeu mudanças no desenho dos elementos para ampliar o nível de downforce do carro. Além disso, alterações nos componentes das áreas traseiras do monoposto e ajustes na suspensão dianteira foram feitos para otimizar o fluxo de ar sobre o carro.
Outra área modificada foi a parte superior do motor e as entradas de ar laterais, com objetivo de aprimorar o resfriamento da unidade de potência para este fim de semana em Spa-Francorchamps.
Por sua vez, a Ferrari aposta em uma grande mudança na suspensão traseira, detalhada após um teste particular realizado em Mugello. Segundo documentos enviados à FIA, a nova configuração da suspensão traseira foi obtida por meio de uma “re-otimização das carenagens dos braços da suspensão”. A equipe italiana também trouxe uma asa traseira específica para baixa pressão aerodinâmica, adequada ao traçado de Spa.
Entre as outras equipes que brigam pelas primeiras posições, a Mercedes também chegou à Bélgica com novidades em seu W16. O carro de George Russell e Kimi Antonelli recebeu atualizações na asa dianteira e nos cantos traseiros, para tentar melhorar o desempenho geral e recuperar terreno frente à líder McLaren.
Falando na equipe britânica, a McLaren preparou uma nova versão de sua asa traseira de baixa pressão, visando reduzir ainda mais o arrasto aerodinâmico nas longas retas do circuito belga.
No meio do grid, Aston Martin e Williams também apresentaram mudanças importantes. A Aston Martin, atualmente apenas na oitava posição no campeonato de construtores, trouxe novidades expressivas no AMR25, incluindo nova asa dianteira, nariz, asa traseira e beam wing, buscando uma reação na segunda metade do ano.
Já a Williams, que começou bem a temporada, mas caiu de rendimento nas últimas corridas pela falta de atualizações, redesenhou as cercas e a borda do assoalho, além de modificar as entradas laterais dos sidepods e a cobertura do motor, também conhecida como coke.
Na Alpine, o destaque ficou para uma nova configuração da asa traseira e do beam wing. Já a Racing Bulls apresentou mudanças no difusor e reprojetou a asa traseira e as partes traseiras do carro especificamente para este circuito.
Apenas duas equipes optaram por não trazer qualquer atualização para Spa-Francorchamps: Haas e Sauber, que disputam o GP com os mesmos carros das etapas anteriores.
Este fim de semana é crucial para equipes como Red Bull e Ferrari definirem o rumo de suas temporadas. Com as equipes já pensando no carro de 2026 devido às grandes mudanças regulatórias previstas, as atualizações daqui em diante serão cada vez mais raras, tornando o GP da Bélgica uma verdadeira última cartada na tentativa de recuperação.
Agora resta saber se estas novidades técnicas serão suficientes para alterar o panorama atual da temporada 2025 da Fórmula 1 ou se a McLaren seguirá dominando as ações até o final do campeonato.
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