Lewis Hamilton viveu um fim de semana turbulento no GP da Hungria, onde, após uma qualificação abaixo do esperado, desabafou chamando a si mesmo de “inútil” e sugerindo que a Ferrari “precisaria encontrar outro piloto”. As declarações do heptacampeão mundial reacenderam debates sobre seu desempenho e adaptação à equipe italiana.
Hamilton foi eliminado no Q2 enquanto seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, conquistou a pole position. Visivelmente abalado, o britânico não escondeu a insatisfação. No podcast The F1 Show, a ex-estrategista da Fórmula 1 Bernie Collins analisou a situação e mostrou uma visão diferente da apresentada pelo heptacampeão mundial:
“A Ferrari tem dois desafios: resolver a inconsistência do carro, como vimos com Leclerc, e extrair o máximo de Hamilton. Não é justo chamá-lo de ‘segundo piloto’, mas precisamos entender onde ele está perdendo tempo – no setup, no estilo de pilotagem ou nas voltas de qualificação”, explicou Collins. “A equipe precisa ajudá-lo a encontrar a confiança novamente”, completou.

As declarações de Hamilton e a diferença de desempenho entre os pilotos da Ferrari alimentaram teorias nas redes sociais, incluindo supostos “boicotes” ao britânico. Collins, porém, rejeitou a ideia. “Já surgiram rumores de que a Ferrari estaria escondendo informações do Lewis, mas não há evidências. Eles usaram asas ligeiramente diferentes, o que pode ser apenas preferência dos pilotos. Não acredito em conspirações”, afirmou.
Apesar dos problemas, Collins acredita que a equipe tem potencial para brigar pelo título. “Enquanto Red Bull e Mercedes enfrentam dificuldades com seus segundos pilotos, a Ferrari tem dois nomes pontuando consistentemente. Isso é crucial no campeonato”, concluiu ela, trazendo uma visão mais positiva para a equipe, que foi alvo de reclamações de ambos os pilotos no Hungaroring.
