O ex-piloto e Fórmula 1, Juan Pablo Montoya, deu sua visão sobre o episódio que marcou o fim do GP do Azerbaijão para a Ferrari, quando Lewis Hamilton não devolveu a posição a Charles Leclerc após um pedido da equipe. O colombiano, convidado do podcast MontoyAS, considerou que a situação, no contexto da corrida, não teria mudado o resultado.
“Claro que foi um ‘mix-up’, e realmente uma posição a mais ou a menos não mudaria nada”, disse Montoya.
Durante a prova em Baku, Hamilton mostrou dificuldades com o carro e manteve conversas constantes pelo rádio, pedindo orientações ao engenheiro. As mensagens repercutiram nas redes sociais e levantaram discussões sobre a comunicação interna da Ferrari.
Questionado se a situação poderia ser diferente caso Hamilton voltasse a trabalhar com Peter Bonnington, seu antigo engenheiro na Mercedes, Montoya afirmou: “A conversa seria um pouco diferente, porque ele está dizendo: ‘Eu tento o que posso, testamos o que temos agora. Se não está funcionando, me deem ideias’. Às vezes as ideias não precisam estar certas. E a única coisa que o engenheiro disse foi: ‘O problema é que você está soltando o freio errado’. Agora lembro, o engenheiro disse: ‘O problema é o brake release’. O problema não é o brake release, é que o sistema está ajustado para um piloto, não para o outro. Então por que não ver como Lewis pilota e ajustar o sistema para funcionar para ele também?”, questionou.

Montoya continuou destacando que o potencial de Hamilton com a Ferrari existe, mas o progresso é mais lento do que o esperado: “Acho que isso é algo que realmente precisamos avaliar no próximo ano, para ver onde todos estão”, finalizou.
Apesar de terminarem fora da zona de pontos, Leclerc demonstrou frustração pelo fato de a posição não ter sido devolvida após ceder passagem ao companheiro quando estava mais rápido. Hamilton, por sua vez, reconheceu o erro imediatamente pelo rádio e nas entrevistas após a corrida. O britânico declarou que pediria desculpas pessoalmente ao monegasco pelo mal-entendido.
