F1: Mercedes aposta em suspensão antiga no W16 para recuperar desempenho no GP da Hungria

Após uma queda de performance nas últimas etapas da temporada, a Mercedes decidiu recorrer a uma solução do passado: a suspensão traseira anterior do W16 será reinstalada nos carros de George Russell e Kimi Antonelli para o GP da Hungria, neste fim de semana.

A escuderia de Brackley ocupa atualmente a terceira colocação no Mundial de Construtores, mas perdeu terreno para a Ferrari na última rodada, em Spa-Francorchamps, onde tanto Russell quanto Antonelli sofreram com um carro instável e difícil de guiar. Segundo informações de bastidores, a tradicional reunião de revisão realizada às segundas-feiras foi inteiramente dedicada a analisar as causas da queda de rendimento.

As atenções da equipe já estão parcialmente voltadas para 2026, quando entram em vigor os novos regulamentos, o que torna ainda mais crucial extrair o máximo do carro atual no segundo semestre. Antonelli foi direto ao reconhecer que as mudanças no pacote aerodinâmico não funcionaram para ele e que voltar à suspensão antiga pode ser o caminho para reencontrar a confiança.

“Vamos usar a suspensão antiga neste fim de semana, e espero que isso traga de volta a sensação que eu tinha antes,” declarou o italiano. “Desde que adotamos a nova suspensão, com exceção do Canadá, venho enfrentando dificuldades para pilotar e ganhar confiança. Talvez eu também não tenha me adaptado da melhor forma, porque insisti no meu estilo de guiar, e isso não funcionou.”

George Russell também relatou problemas semelhantes ao longo das últimas corridas. Após a etapa belga, o britânico revelou que a dirigibilidade do W16 se deteriorou: “O carro deixou de ser prazeroso de guiar. A estabilidade traseira piorou bastante em comparação ao início da temporada,” disse o britânico. “Acho que tanto eu quanto o Kimi estamos cometendo mais erros porque o carro está mais difícil de controlar.”

“Talvez tudo se resolva com algo tão simples quanto voltar a um acerto que já usamos. Não dá para fazer isso com tudo, como a asa dianteira, mas em termos de suspensão e outros elementos, é possível.”