A McLaren vive uma fase de domínio absoluto na Fórmula 1, mas Zak Brown, CEO da equipe, reconhece que o maior desafio agora não é apenas manter o desempenho dentro das pistas, e sim evitar a perda de profissionais-chave que sustentam esse sucesso.
Depois de conquistar o título de construtores em Singapura com seis etapas de antecedência, igualando o recorde da Red Bull Racing, e de ver Oscar Piastri e Lando Norris liderarem a disputa pelo campeonato de pilotos, a equipe de Woking sabe que a atenção de rivais sobre seus talentos internos é inevitável.
“Conversei com Zak mais cedo neste ano, e ele disse que o maior desafio agora é não deixar que o grupo se desfaça, porque isso já aconteceu com todas as grandes equipes do passado, como Mercedes e Red Bull”, afirmou Simon Lazenby, da Sky Sports. “Quando você está no topo, todos querem contratar seus melhores profissionais.”
A equipe já blindou nomes importantes com contratos de longo prazo, como o chefe Andrea Stella e o diretor de aerodinâmica Peter Prodromou, além da chegada de Rob Marshall, ex-Red Bull, em 2024.

Para a piloto e atual comentarista, Jamie Chadwick, tricampeã da W Series, o segredo vai além dos resultados: “O ambiente e a cultura dentro da equipe são muito importantes. Você pode estar vencendo, mas se não for um lugar agradável para trabalhar, as pessoas não ficam. Na McLaren, a maioria das pessoas gosta de estar lá, se sente feliz. Isso mantém a harmonia, e essa atmosfera também vem da relação entre os pilotos e o resto do time”, disse ela.
O contraste com os tempos de Ron Dennis foi lembrado pelo jornalista Ted Kravitz, ao citar um episódio em que um técnico de som da Sky F1, foi impedido de entrar no McLaren Technology Center, por estar de calça jeans: “Naquela época, jeans eram proibidos, mas hoje o ambiente é muito mais flexível”, concluiu Kravitz.
Com um carro dominante e um clima interno considerado positivo, a McLaren tenta equilibrar duas missões fundamentais, manter o espírito de equipe e continuar no topo da Fórmula 1.
