A McLaren Racing apresentou um crescimento financeiro expressivo em 2024, ano em que conquistou seu primeiro título no campeonato de construtores da Fórmula 1, desde o início do século. Os números revelam um lucro líquido de US$ 72,9 milhões, quatro vezes maior que o obtido em 2023, sobre uma receita de US$ 714 milhões.
“2024 viu a McLaren Racing Limited reconquistar o campeonato de construtores da Fórmula 1, marcando um retorno triunfante ao topo após 26 anos”, afirmou Zak Brown, CEO da McLaren, no relatório dos diretores. “O sucesso da temporada foi um testemunho do trabalho árduo de toda a equipe, apoiada por nossos parceiros e fãs apaixonados. Também demonstrou o notável progresso dos últimos anos, subindo do 4º lugar em 2023 para o 1º em 2024.”
A divisão de F1 respondeu por US$ 657,5 milhões da receita total, frente aos US$ 521 milhões do ano anterior. A operação na IndyCar foi a segunda mais relevante, com US$ 60,8 milhões em faturamento (contra US$ 57,6 milhões em 2023). No mesmo período, a equipe também celebrou conquistas fora da F1: Pato O’Ward obteve três vitórias na IndyCar, enquanto Sam Bird conquistou o primeiro triunfo da McLaren na Fórmula E, na corrida em São Paulo.
O desempenho é ainda mais notável diante da situação enfrentada pela organização durante a pandemia, quando a baixa demanda por carros de rua colocou o grupo McLaren sob forte pressão financeira, levando a cortes inclusive no braço de competições. Foi nesse contexto que Brown buscou investidores, com a MSP Capital adquirindo uma participação minoritária que avaliava a equipe em US$ 754 milhões.

No mês passado, essa participação foi vendida em um negócio que, segundo fontes do PlanetF1.com, avaliou a McLaren em mais de US$5 bilhões, um dos maiores retornos para um investidor institucional na história do esporte.
O momento financeiro segue positivo. A equipe anunciou que a Mastercard será sua nova parceira de ‘naming rights’ a partir de 2026, em um acordo estimado em US$ 100 milhões anuais. Além disso, a McLaren receberá mais de US$ 90 milhões por ano em premiações da Fórmula 1 Management, cerca de US$ 20 milhões a mais do que no ciclo anterior, graças ao título de construtores.
Com Lando Norris e Oscar Piastri disputando ponto a ponto o campeonato de pilotos este ano, a McLaren está em posição de repetir o feito e garantir novamente os maiores pagamentos de premiação da categoria, consolidando sua nova fase de prosperidade dentro e fora das pistas.
