F1: McLaren domina sexta-feira na Hungria e rivais tentam reagir

A Fórmula 1 iniciou nesta sexta-feira (1º) as atividades do GP da Hungria 2025 e a McLaren mostrou força logo nos primeiros treinos livres. Com um ritmo consistente em voltas rápidas e em simulação de corrida, a equipe papaya deixou claro que chega como favorita para a 14ª etapa da temporada no Hungaroring, última antes das férias de verão da categoria.

Nos TL1 e TL2, Lando Norris e Oscar Piastri lideraram as tabelas de tempos com vantagem expressiva. Norris foi o mais rápido do dia, enquanto Piastri ainda deixou tempo na pista em setores-chave. De acordo com dados de telemetria, os dois carros da McLaren foram muito fortes a partir da curva 6, mostrando eficiência na gestão dos pneus. As simulações de classificação indicam vantagem de cerca de quatro décimos para a equipe em relação aos adversários. No ritmo de corrida, essa margem caiu, mas ainda se manteve próxima de três décimos.

“McLaren está claramente em um nível acima”, declarou George Russell, da Mercedes, após analisar a sexta-feira.

Charles Leclerc (MON) Ferrari SF-25.
Foto: XPB Images

A Ferrari se destacou como a principal ameaça à McLaren neste início de fim de semana. A equipe italiana, que anunciou nesta semana a renovação do contrato de Fred Vasseur por vários anos, terminou os treinos à frente de Mercedes e Red Bull em ritmo de classificação e corrida. A diferença para a McLaren ainda é grande, mas os engenheiros acreditam que ajustes no acerto podem ajudar no sábado. Segundo a análise dos dados, a Ferrari perde cerca de 0,2s nas curvas de média velocidade e 0,4s nas mais lentas, compensando parte desse tempo na velocidade de reta, onde é a mais rápida.

Se na frente McLaren e Ferrari se destacaram, a Red Bull viveu um dia difícil. Max Verstappen relatou no rádio que o carro estava “inguiável” e com pouca aderência, descrevendo uma sensação de baixa performance que não foi corrigida durante a sexta-feira. O campeão afirmou que “nada funcionou” e ainda tem dúvidas sobre as causas do mau comportamento do RB21. Yuki Tsunoda teve desempenho melhor que o do companheiro de equipe, inclusive sendo mais rápido no TL2, mas a equipe terminou apenas como terceira nas simulações de classificação e quarta no ritmo de corrida. O principal problema está nas curvas lentas, onde a perda para a McLaren é de 0,6s por volta.

Andrea Kimi Antonelli (ITA) Mercedes AMG F1 W16.
Foto: XPB Images

Já a Mercedes iniciou o fim de semana buscando recuperação após um desempenho ruim na Bélgica. Para isso, o time britânico optou por voltar a usar uma especificação mais antiga de suspensão traseira, o que deu mais confiança a Russell e Kimi Antonelli. Com programas diferentes de acerto nos dois carros, a equipe concluiu que encontrou um caminho para evoluir. Andrew Shovlin, engenheiro de pista, afirmou: “Conseguimos resolver alguns dos problemas recentes com essas mudanças, mas ainda temos muito a fazer para equilibrar o carro tanto em voltas rápidas quanto em long runs.”

Com essas primeiras análises, a expectativa é que McLaren siga favorita, com Ferrari tentando reduzir a distância e Red Bull e Mercedes lutando para alcançar equilíbrio até a classificação no sábado.



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